Mnangagwa apresentou o novo Governo na segunda-feira, num evento, juntamente com os vice-presidentes Constantino Chiwenga e Kembo Mohadi, embora tenha indicado que outras nomeações seriam feitas hoje.
O novo Governo inclui Oppah Muchinguri-Kashiri na chefia da Defesa e Frederick Shava nos Negócios Estrangeiros, tendo ambos mantido os seus cargos.
O ministro dos Assuntos Internos será Kazembe Kazembe, da Justiça Ziyambi Ziyambi e das Finanças Mthuli Ncuve, que terá o filho de Mnangagwa, David Kudakwashe, como seu "número dois". Tongai Mnangagwa, sobrinho de Mnangagwa, será também ministro-adjunto do Turismo.
Em resposta, a deputada Fadzayi Mahere, da Coligação de Cidadãos para a Mudança (CCC, da sigla em inglês), na oposição, afirmou numa mensagem publicada na sua rede social X (ex-Twitter), que o novo Governo "é indefensável".
"É uma mistura tóxica de ilegitimidade, corrupção, violência, nepotismo, incompetência e escândalos sexuais", afirmou.
"É tudo menos a liderança ética que os zimbabueanos querem e merecem. Não há dúvida de que o clima nacional é o de um funeral", disse, antes de apelar a uma "nova liderança".
"É mais do mesmo monóxido de carbono monótono, aborrecido, esquecível e incompetente que temos suportado durante anos", sublinhou.
Mnangagwa tomou posse no dia 04 de setembro para um segundo mandato, tendo voltado a defender a sua vitória eleitoral e sublinhado que os zimbabueanos "mostraram que existe uma sociedade madura".
"Não há perdedores, é uma vitória dos zimbabueanos contra o neocolonialismo. As forças contrarrevolucionárias nunca prevalecerão num Zimbabué livre", afirmou.
Apesar da recusa do presidente da coligação, Nelson Chamisa, em reconhecer a vitória do Presidente, a CCC anunciou que não iria recorrer dos resultados e sublinhou a necessidade de a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a União Africana (UA) ajudarem a resolver a crise, afirmando que tinha esgotado as vias internas para lidar com a situação.
Mnangagwa, que chegou ao poder após o golpe de 2017 contra Robert Mugabe - que liderava o país desde 1980 -, foi reeleito para mais um mandato com 52% dos votos, contra Chamisa, que ficou em segundo lugar com 44% dos votos.
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