Jovens voluntários marroquinos estão a unir-se num esforço comum para ajudar aqueles que mais precisam, na sequência do abalo que vitimou mais de três mil pessoas no país, e deixou outros tantos milhares sem casa.
Numa altura em que o país continua por aprovar a ajuda de várias nações internacionais, vários jovens decidiram agir e tentar ajudar a levantar o seu país, pelas suas próprias mãos.
"As pessoas estão em perigo. Se não trabalhássemos tão rapidamente, muitas pessoas iriam morrer", diz Ilyas de 21 anos à BBC, referindo que em alguns casos a ajuda da comunidade local está a ser mais rápida que a ajuda de equipas oficiais.
O país tem sido criticado por ter recusado a ajuda de vários países, como França. Mas os voluntários não criticam e creem que o seu governo sabe o que está a fazer.
Assim, o seu trabalho resume-se a receber, dividir e distribuir os bens que têm chegado ao país à medida que os donativos vão chegando. O maior desafio é organizar a ajuda, noticia a BBC.
O destino exato de cada missão é muitas vezes decidido à última hora e depende da natureza dos pedidos de ajuda que chegam. A prioridade máxima é dada aos locais que ainda não receberam ajuda.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos - o Serviço Geológico dos Estados Unidos registou uma magnitude de 6,8.
Este sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade.
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