As autoridades francesas estão a investigar o alegado roubo de vitrais retirados da catedral de Notre Dame, em Paris, em 1862, após uma denúncia de uma associação de defesa do património, revelou a agência de notícias Agence France-Presse (AFP), acrescentando que os vitrais foram leiloados em 2015.
A denúncia foi feita pela ‘Lumiére sur le Patrimoine’, que tem como objetivo denunciar as vendas públicas de objetos de arte provenientes de roubo. De acordo com a AFP, que cita fontes policiais, os vitrais em causa terão sido roubados durante a restauração da catedral em 1862.
Os dois vitrais - ambos com cerca de 40 centímetros de diâmetro - viriam a ser leiloados em 2015 pela Sotheby’s, um por 123 mil euros e o outro por 111 mil euros. A casa de leilões garantiu, contudo, que "o conteúdo da denúncia é muito superficial" e que cumpriu "as leis e regulamentos", não havendo "obstáculos legais à venda".
De acordo com a Sotheby’s, numa descrição no seu site, os vitrais que mostram um ano com uma vela e um incensário, foram desmontados "por Viollet-le-Duc em 1862 e vendidos pelo restaurador de vitrines Edouard Didron entre 1877 e 1905".
A denúncia surge numa altura em que a catedral Notre Dame está novamente a ser alvo de uma restauração, após um incêndio que ocorreu em abril de 2019.
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