Zelensky esperado na Casa Branca e Capitólio na próxima semana

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deve visitar a Casa Branca e o Capitólio norte-americano na próxima semana, durante a viagem aos Estados Unidos para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, adiantou hoje a agência Associated Press.

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© SUSAN WALSH/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
14/09/2023 23:45 ‧ 14/09/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

A viagem de Zelensky ocorre num momento em que o Congresso norte-americano está a debater o fornecimento de 21 mil milhões de dólares (cerca de 19.700 milhões de euros) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que enfrenta a invasão russa.

Esta viagem foi confirmada por um responsável do governo, que falou sob condição de anonimato, referindo que Zelensky irá encontrar-se com o presidente Joe Biden na Casa Branca na próxima quinta-feira.

A visita ao Capitólio foi confirmada por dois assessores do Congresso, também sob a condição de anonimato.

O chefe de Estado ucraniano realizou uma visita a Washington já no decurso da guerra, em dezembro de 2022, e proferiu um forte discurso durante uma sessão conjunta do Congresso.

Na altura, Zelensky agradeceu aos norte-americanos por ajudarem a financiar o esforço de guerra e destacou aos congressistas que o dinheiro "não é caridade", mas um "investimento" na segurança global e na democracia.

Os detalhes da visita de Zelensky na próxima semana ainda não foram divulgados.

O Congresso está cada vez mais dividido sobre o fornecimento de financiamento adicional para a Ucrânia.

Biden propôs um pacote de 13 mil milhões de dólares (cerca de 12.200 milhões de euros) em ajuda militar adicional para a Ucrânia e 8 mil milhões de dólares (cerca de 7.500 milhões de euros) para apoio humanitário.

Mas alguns congressistas republicanos conservadores têm pressionado por amplos cortes nos gastos federais e alguns procuram especificamente interromper o dinheiro para a Ucrânia, enquanto o Congresso trabalha para aprovar os seus projetos de lei de dotações anuais antes do prazo final de 30 de setembro para manter o governo dos EUA em funcionamento.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: "A guerra está a abrandar, reconhecemos este facto", diz Zelensky

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