EUA vão apresentar resolução na ONU que apela ao combate ao fentanil
Os Estados Unidos vão apresentar uma resolução no final deste ano, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que apela à comunidade internacional para combater o tráfico de fentanil e outras drogas sintéticas, divulgou esta segunda-feira o governo norte-americano.
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Mundo Fentanil
O governo liderado pelo democrata Joe Biden irá nomear também um enviado especial para questões dedicadas ao combate ao fentanil e trabalhará com empresas tecnológicas para rastrear as vendas 'online' desta substância, frisou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
O chefe da diplomacia norte-americana fez este anúncio num evento com representantes de uma centena de países que formam a coligação global de combate às drogas sintéticas liderada pelos Estados Unidos e que se reuniram hoje em Nova Iorque por ocasião da semana de alto nível da 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Blinken realçou que a overdose de fentanil é a principal causa de morte entre os norte-americanos dos 18 aos 49 anos e alertou que este fenómeno está a expandir-se em todo o mundo.
O governante deu como exemplos o aumento do tráfico e consumo de tamadol em África, de captagon no Médio Oriente, de cetamina na Ásia, bem como as recentes apreensões de drogas sintéticas na União Europeia e na Austrália.
"Não há nenhuma questão que exija cooperação internacional com tanta urgência como esta. Mas estou convencido de que, se trabalharmos juntos, poderemos salvar vidas", destacou Blinken.
O fentanil é um opioide sintético 50 vezes mais forte que a heroína e que, segundo Washington, é fabricado por cartéis mexicanos a partir de produtos químicos adquiridos na China e depois traficados para os Estados Unidos, onde mais de 70 mil pessoas morreram por causa dessa substância no ano passado.
Os Estados Unidos intensificaram a pressão sobre o México para combater os cartéis e apelaram à China para controlar os precursores químicos do fentanil.
O gigante asiático, que negou responsabilidade pela crise do fentanil, foi adicionado na semana passada à lista negra elaborada pelos Estados Unidos dos principais produtores e traficantes de drogas.
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