O filho de 'El Chapo', de 33 anos, também conhecido como 'El Ratón', é acusado de conspirar para distribuir drogas, fazer parte de uma empresa criminosa, exportar narcóticos para os Estados Unidos, realizar transações financeiras com o produto de atividades ilegais e uso e porte de arma ilegal.
O Departamento de Justiça referiu esta segunda-feira, em comunicado, que Ovidio Guzmán está acusado de conspirar para distribuir cocaína, heroína, metanfetaminas e marijuana do México e de outras partes para os Estados Unidos.
Esta atividade ocorreu entre maio de 2008 e "pelo menos" até outubro de 2021.
Guzmán foi extraditado do México para os Estados Unidos na sexta-feira e presente, esta segunda-feira, perante o tribunal do distrito norte de Illinois, em Chicago, ficando detido sem direito a fiança.
Caso seja condenado, duas das acusações acarretam prisão perpétua.
Tal como acontece com todos os cidadãos que o México extradita para os Estados Unidos, foi estabelecida a condição de que o filho de 'El Chapo' não seja condenado à morte se for considerado culpado dos crimes pelos quais é acusado.
A sessão no tribunal contou com uma forte presença policial e a próxima audiência está marcada para novembro.
Guzmán era um dos traficantes de drogas mais procurados por Washington, pelo seu envolvimento no tráfico de fentanil e foi detido pelas autoridades mexicanas em janeiro.
Em abril deste ano, a justiça dos Estados Unidos apresentou acusações em três distritos federais diferentes contra 'El Ratón' e três de seus irmãos, por terem alegadamente assumido a liderança do cartel de Sinaloa, após a prisão e posterior extradição do seu pai para os Estados Unidos.
O cartel de Sinaloa, segundo os EUA, é a "organização de tráfico de drogas mais poderosa do mundo" e grande responsável pela produção e fabrico de fentanil para distribuição nos Estados Unidos, onde esta droga, considerada 50 vezes mais poderosa que a heroína, é "a principal causa de morte entre americanos com idades entre 18 e 49 anos".
O governo norte-americano liderado por Joe Biden reiterou esta segunda-feira o seu agradecimento às autoridades mexicanas pela colaboração na extradição.
Também esta segunda-feira, o presidente mexicano López Obrador afirmou que a extradição foi realizada para evitar dar pretextos de "utilizar a droga para fins políticos" nos Estados Unidos, que têm as suas próximas eleições presidenciais marcadas para novembro de 2024.
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