Tajani referiu hoje que os relatos sobre o acordo com a Tunísia ter sido bloqueado são "desprovidos de qualquer fundamento, talvez uma esperança de alguém".
“Estamos a avançar em Bruxelas para aplicar o memorando em todas as suas partes”, afirmou Tajani, que é também vice-primeiro-ministro italiano.
“Temos de estabilizar a situação na Tunísia, temos de parar os fluxos [migratórios] e o memorando vai nessa direção”, afirmou, acrescentando que “as reuniões estão em curso, o serviço de relações externas deu luz verde a muitas decisões, o Conselho ( Europeu) foi informado. Estamos a seguir em frente, não há bloqueio ao memorando".
A Tunísia é o país de origem de muitos dos migrantes e refugiados que fazem viagens perigosas, nomeadamente no Mar Mediterrâneo, em busca de segurança e de uma vida melhor na Europa.
A Itália fez da cooperação com países terceiros, como a Tunísia, um pilar central da sua estratégia para travar a migração irregular e desempenhou um papel de liderança na promoção do Memorando de Entendimento entre Tunes e a UE sobre o reforço da cooperação para limitar as partidas e as atividades dos gangues de contrabandistas em troca de financiamento.
Este memorando foi assinado durante uma visita à Tunísia, em meados de julho, da presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.
Houve alguns relatos sobre o bloqueio deste memorando por causa da oposição de membros da UE, incluindo o Alto Representante para Relações Exteriores e Política de Segurança da UE, Josep Borrell, e o bloco socialista, argumentando que a Tunísia não é um país suficientemente seguro para travar negociações.
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