A justiça do estado norte-americano do Texas aplicou mão pesada a um adolescente de 16 anos, que foi condenado a 40 anos de prisão, na quinta-feira, pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio após um tiroteio em março deste ano.
O jovem, que tinha apenas 15 anos na altura do crime, a 20 de março deste ano, levou a arma de fogo do pai para a escola e, após a primeira chamada, disparou a arma contra um grupo de alunos à porta do estabelecimento em Arlington, na área metropolitana de Dallas, segundo noticiou a Associated Press.
Um adolescente, Ja’Shawn Poirier, de 16 anos, morreu na sequência do ataque. Uma rapariga, também de 16 anos, foi atingida pelos estilhaços da bala.
O autor do tiroteio, cuja identidade não foi revelada por ser menor de idade, declarou-se culpado.
A acusação tentou que o jovem fosse julgado como um adulto, o que o podia tornar elegível para ser condenado à pena de morte. O juiz recusou e o júri acabou por decidir pela pena máxima possível para um menor de idade no Texas: 40 anos de prisão.
A defesa ainda pediu alguma empatia pelo réu, explicando que este tivera uma infância difícil e que foi forçado a crescer praticamente sozinho.
Quanto ao pai, o dono da arma de alto calibre usada no ataque, este foi condenado a seis anos de prisão por posse ilegal de arma de fogo, já que, como tinha sido condenado por outro crime, estava impedido de ter armas de fogo. Ainda assim, as autoridades encontraram documentação que comprovava a posse do equipamento e de outras armas.
Segundo os dados disponibilizados pelo site GunViolenceArchive.org, os Estados Unidos estão a caminho de bater vários recordes de violência armada, tendo registado até esta terça-feira 506 tiroteios em massa (incidentes com pelo menos quatro vítimas, mortas ou feridas, excluindo o atirador) em 2023, o que dá uma média de quase dois tiroteios em massa por dia.
Desde o início do ano, morreram 13.900 pessoas devido a incidentes com armas de fogo nos Estados Unidos (excluindo suicídios). As armas de fogo são ainda a principal causa de morte em crianças e adolescentes norte-americanas, superando os acidentes de viação e cancro.
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