"A comunidade internacional deve honrar os seus compromissos ao abrigo dos tratados e leis atuais para construir um mundo livre de armas nucleares, especialmente no Médio Oriente", disse o governante.
As palavras do ministro surgem apenas três dias após o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, ter dito, durante uma entrevista à rede norte-americana Fox News, que o seu país seria forçado a desenvolver armas nucleares se o Irão as obtivesse, embora tenha deixado claro que não deseja que isso aconteça.
No seu discurso de hoje, bin Farhan passou em revista os diferentes conflitos e ameaças que assolam o planeta, desde a invasão russa da Ucrânia à crise climática, e defendeu as tentativas do seu país de mediação em todos eles.
Bin Farhan deixou de fora qualquer referência a Israel, apesar das informações que apontam para um possível acordo de paz, promovido pelos Estados Unidos, que normalizaria as relações entre os dois países em troca de um pacto de defesa com Washington e de receber ajuda para desenvolver o seu programa nuclear civil.
Contudo, a Arábia Saudita deixou claro que qualquer possível acordo exigiria progressos na criação de um Estado palestiniano.
Neste sentido, o ministro saudita considerou hoje que a segurança da região depende de permitir ao povo palestiniano "ter um Estado independente" com as fronteiras anteriores à guerra de 1967 e com a sua capital em Jerusalém Oriental.
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