O ministério dos Negócios Estrangeiros russo assinalou em comunicado ter advertido o embaixador de que o próximo ato provocatório as autoridades búlgaras "sob as diretrizes euro-atlânticas" terá inevitavelmente consequências desagradáveis.
Moscovo considera que a expulsão dos três religiosos, que implicou a suspensão temporária a atividade da igreja de São Nicolau -- o único templo da Igreja ortodoxa russa na Bulgária --, corresponde à doutrina dos parceiros da NATO de "combater a influência russa".
"Em simultâneo estamos firmemente convencidos de que os seus planos [do Governo búlgaro] destinados a comprometer os vínculos espirituais e as centenárias tradições de amizade entre os povos da Rússia e Bulgária não têm qualquer perspetiva e estão condenados ao fracasso", sublinhou a diplomacia russa.
Na passada quinta-feira o Governo de Sófia ordenou a expulsão do país de três religiosos que considerou uma "ameaça para a segurança nacional".
A Bulgária argumentou que estas expulsões foram decididas após uma análise às atividades destes três detidos e destinadas a "influir intencionalmente nos processos sociopolíticos na República da Bulgária a favor dos interesses geopolíticos russos".
Na sequência da invasão a Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 a Bulgária já expulsou mais de 80 diplomatas russos, todos sob a acusação de espionagem.
Leia Também: Rússia culpa Kosovo de "derramamento de sangue" no domingo