Dezenas de pessoas reuniram-se, este domingo, em várias cidades da Rússia para assinalar os 40 dias desde a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. Na tradição da Igreja Ortodoxa, acredita-se que a alma de um falecido faz a sua viagem final para o céu ou para o inferno no 40.º dia após a morte.
As homenagens contaram com a presença da mãe de Prigozhin, Violetta, e do filho, Pavel, que colocaram flores junto à sua campa, num cemitério de São Petersburgo, de onde o líder dos mercenários era natural, enquanto vários apoiantes agitavam as bandeiras do Grupo Wagner, com o lema “Sangue, Honra, Pátria, Coragem”, conta a agência de notícias Reuters.
Já um memorial mais discreto em Moscovo contou com dezenas de combatentes do Grupo Wagner e civis russos.
"Ele pode ser criticado por certos eventos, mas era um patriota que defendia os interesses da pátria em diferentes continentes. Era carismático e, sobretudo, estava próximo dos combatentes e do povo. E é por isso que ele se tornou popular tanto na Rússia quanto no exterior", frisou o Grupo Wagner na plataforma Telegram.
Recorde-se que a morte de Prigozhin aconteceu a 23 de agosto, dois meses após o líder do grupo de mercenários ter levado a cabo uma rebelião falhada contra o Kremlin, especificamente o Ministério da Defesa. Após a investida, que durou cerca de 24 horas e terminou com um acordo, Prigozhin passou a residir na Bielorrússia.
As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin, transportava outras nove pessoas, incluindo o cofundador do Wagner, Dmitry Utkin.
Vejas as homenagens na galeria acima.
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