Brasil tem plano para travar violência com foco na Bahia e Rio de Janeiro

O Governo brasileiro anunciou hoje um plano de combate às organizações criminosas em todo o país, com maior foco nos estados da Bahia e do Rio de Janeiro que têm registado um aumento exponencial de violência nas últimas semanas.

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Lusa
02/10/2023 19:46 ‧ 02/10/2023 por Lusa

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Programa

O Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, que prevê investimentos de 900 milhões de reais (cerca de 170 milhões de euros) nos próximos três anos foi anunciado pelo ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, numa cerimónia em Brasília.

O anúncio foi feito poucos dias depois de imagens divulgadas pela GLOBO mostrarem traficantes a treinar um grupo de homens armados em táticas de guerrilha no Complexo da Maré, um bairro localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Na semana passada, três pessoas ficaram feridas depois de assaltantes lançarem para dentro de um autocarro um artefacto explosivo de fabricação caseira durante um arrastão, na Avenida Brasil, uma das mais movimentadas da 'Cidade Maravilhosa'.

Já a Bahia, no nordeste do Brasil, é o estado com o maior número de homicídios do país, com 6.659 mortes no ano passado, sendo que a violência aumentou no último mês.

 Na semana passada, o governador do estado, Jerónimo Rodrigues, esteve reunido com o ministro Flávio Dino para estudarem ações de combate ao crime organizado num dos estados mais turísticos do país.

O objetivo do plano lançado hoje, que será implementado gradualmente até 2026, é fortalecer as atividades de investigação criminal e de inteligência, além de promover um combate sistemático às organizações criminosas.

Prevê igualmente medidas para facilitar a integração e o intercâmbio de informações entre as forças policiais nacionais e regionais, melhorar a eficácia dos organismos responsáveis pela aplicação da lei e reforçar a vigilância nos portos, aeroportos e fronteiras.

A coordenação de esforços entre os órgãos de segurança nacionais, regionais e municipais centrar-se-á no combate ao tráfico e apreensão de drogas, na apreensão de armas e munições, no reforço da segurança das fronteiras e no combate à violência nas escolas.

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