O tribunal condenou também três militares a dez anos de prisão por assassínio, enquanto outros dois foram absolvidos, noticiou a publicação.
Na semana passada, o procurador pediu ao tribunal militar do Kivu Norte a condenação de Mikombe por homicídio, destruição de material de guerra e incitamento de soldados a cometer atos ilícitos, argumentando que, embora não tenha disparado, estabeleceu-se responsabilidade criminal.
Os soldados foram julgados pela repressão mortal contra uma seita religiosa, conhecida como Wazalendo, que convocou manifestações não autorizadas contra a missão das Nações Unidas (MONUSCO) na região, em agosto, que resultaram na morte de mais de 50 pessoas.
O Governo congolês afirmou que a manifestação pôs em causa a ordem pública, depois de os manifestantes terem alegadamente apedrejado um agente da polícia até à morte.
O leste da República Democrática do Congo tem sido palco, nos últimos anos, de vários protestos contra os capacetes azuis da MONUSCO, num contexto de crescentes apelos à sua saída devido à contínua deterioração da segurança na região, onde operam dezenas de grupos armados.
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