Guterres "condena veementemente" ataque russo em Kharkiv

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, "condena veementemente" o ataque russo contra a aldeia de Hroza, no leste da Ucrânia, que provocou pelo menos 51 mortos, disse hoje o seu porta-voz.

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Lusa
05/10/2023 19:32 ‧ 05/10/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Os ataques contra civis e infraestruturas civis são proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar imediatamente", acrescentou Stéphane Dujarric.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse estar "chocado e triste" com este ataque, numa mensagem publicada pelos seus serviços na rede social X (antigo Twitter).

"Os nossos monitores dos direitos humanos visitarão o local para recolher informações. A responsabilização é essencial", apontou.

Pelo menos 51 pessoas, incluindo uma criança, foram mortas hoje por um ataque russo que atingiu uma cerimónia fúnebre em Hroza.

"Estou chocada com os relatos de um ataque russo que, há pouco tempo, destruiu a aldeia de Hroza, na região de Kharkiv, matando dezenas de civis. As imagens que chegam da localidade onde vivem pouco mais de 300 pessoas são absolutamente horríveis", disse a coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, num comunicado.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou hoje um ataque com 'rockets' russos contra uma loja de uma aldeia no leste da Ucrânia, afirmando que matou pelo menos 49 civis, número entretanto atualizado para pelo menos 51 mortos, e que foi um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses.

Na nota informativa, Denise Brown lamentou, em nome da ONU e da comunidade humanitária, que o povo ucraniano tenha tido de "testemunhar hoje, mais uma vez, outra consequência bárbara da invasão russa".

A responsável assinalou que dirigir um ataque contra civis ou objetos civis constitui um crime de guerra, bem como lançar intencionalmente um ataque com potencial desproporcionado.

Zelensky, que hoje deslocou-se a Granada, Espanha, para participar numa cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE), que reuniu cerca de 50 líderes da Europa, com o intuito de angariar apoio para o país em guerra, classificou o ataque como um "crime russo comprovadamente brutal" e "um ato de terrorismo completamente deliberado".

O Presidente ucraniano instou os aliados ocidentais a ajudarem a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, alegando que "o terror russo tem de ser travado".

"Agora estamos a falar com os líderes europeus, em particular, sobre o reforço da nossa defesa aérea, o fortalecimento dos nossos soldados, a proteção do nosso país contra o terrorismo. E responderemos aos terroristas", acrescentou o líder ucraniano.

Leia Também: Síria. Guterres "profundamente preocupado" com novos ataques sangrentos

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