"Vimos esta bravura e determinação face à repressão, intimidação, violência e detenções", sublinhou a porta-voz do gabinete chefiado pelo Alto-Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, poucos minutos após o anúncio do prémio em Oslo.
Narges Mohammadi é um símbolo das mulheres, das mulheres iranianas, que "têm sido assediadas pela sua forma de vestir e que sofrem com medidas legais e económicas cada vez mais limitativas", acrescentou Throssell numa conferência de imprensa.
A porta-voz da sede europeia das Nações Unidas, em Genebra, Alessandra Vellucci, acrescentou na mesma conferência de imprensa que a organização "apoiará sempre os direitos das mulheres em todo o mundo, incluindo as do Irão, nos locais onde são feitas tentativas de limitar seus direitos humanos".
Narges Mohammadi, tal como anunciado pelo Comité Norueguês do Nobel, foi galardoada "pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e pela promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos".
O comité norueguês afirmou que o prémio "também reconhece as centenas de milhares de pessoas que se manifestaram contra as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático contra as mulheres".
Narges Mohammadi, que cumpre uma pena de 16 anos de prisão no complexo prisional de Evin, em Teerão, também recebeu este ano o Prémio Guillermo Cano para a Liberdade de Imprensa da UNESCO e em 2022 ganhou o Prémio para a Coragem dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
A ativista iraniana trabalhou durante anos para diversas publicações e também é subdiretora da organização não-governamental (ONG) Centro de Defensores dos Direitos Humanos em Teerão.
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