EUA pedem ao líder da Autoridade Palestiniana para condenar ataques

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pediu hoje ao presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas, e aos líderes árabes, para condenarem a ofensiva militar do Hamas em território israelita.

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Lusa
07/10/2023 22:56 ‧ 07/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"Falei com o presidente da Autoridade Palestiniana, Abbas, para abordar os ataques terroristas contra Israel. Indiquei-lhe que todos os líderes da região devem condenar estes terríveis atos de terrorismo", indicou Blinken, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O chefe da diplomacia norte-americana pediu ainda ao líder palestiniano para "reforçar as medidas para repor a calma e estabilidade na Cisjordânia".

Em resposta, Abbas indicou a Blinken que o motivo deste conflito e desta recente explosão de violência é a "injustiça", indicou a agência noticiosa palestiniana Wafa.

Abbas, 88 anos e muito contestado por diversos setores da resistência palestiniana, recordou que não tem o controlo da Faixa de Gaza, território controlado desde 2007 pelo movimento islâmico Hamas, e pediu o fim "da atual escalada israelita" contra o povo palestiniano.

O líder da ANP também considerou que o ataque surpresa do Hamas contra Israel foi motivado "pelas práticas colonialistas" e as ações das forças israelitas, para além da "agressão" contra lugares sagrados para os muçulmanos e cristãos, em particular a mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, e a negação por Israel do "direito legítimo dos palestinianos à autodeterminação".

O secretário de Estado norte-americano também contactou com o Presidente israelita, Isaac Herzog, a quem transmitiu a "solidariedade" do Governo dos Estados Unidos da América (EUA) face aos ataques do grupo militante palestiniano.

Mais de 200 pessoas morreram hoje em Israel na ofensiva do Hamas, enquanto pelo menos 232 palestinianos morreram em Gaza devido aos ataques aéreos israelitas que se seguiram, segundo os mais recentes dados confirmados por fontes médicas, citadas por agências internacionais.

O ataque surpresa hoje lançado pelo Hamas contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", envolveu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

Numa mensagem ao país transmitida hoje à noite pela televisão, Netanyahu afirmou que o Exército israelita vai utilizar "toda a sua potência" para "destruir as capacidades" do movimento islâmico palestiniano Hamas e pediu à população para abandonar a Faixa de Gaza.

Leia Também: Israel AO MINUTO: Mais de 430 mortos; Netanyahu promete vingança

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