Israel. Bósnia enfrenta divergências internas devido ao conflito

A eclosão do conflito armado entre o grupo Hamas e Israel no sábado desencadeou hoje novas divergências dentro da liderança do Estado da Bósnia-Herzegovina, exacerbando as tensões no país.

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© JACK GUEZ/AFP via Getty Images

Lusa
09/10/2023 13:14 ‧ 09/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O Presidente da Bósnia-Herzegovina, Zeljko Komsic, acusou hoje a primeira-ministra bósnia, Borjana Kristo, de "negligência e egoísmo" pelo seu apoio a Israel.

Komsic referia-se a uma declaração publicada no fim de semana passado na rede social X (antigo Twitter) na qual Kristo condenava "o ataque injusto e brutal do Hamas contra Israel e os seus cidadãos" e expressava o seu firme apoio aos israelitas "nestes tempos difíceis".

"Neste momento e nesta situação, é negligente que Kristo tenha tomado o lado de Israel e também posso dizer egoísta porque não vê os sofrimentos do povo palestiniano", afirmou Komsic à televisão pública bósnia BHT1.

O Presidente bósnio disse também acreditar que a situação em Israel está a ser explorada na Bósnia-Herzegovina para lutas políticas internas e partidárias.

Komsic, um político croata de centro-esquerda e membro da Presidência tripartida do país - que partilha com um muçulmano bósnio e um sérvio - é acusado pelas forças nacionalistas croatas, incluindo o partido HDZ BiH - de Kristo - de ter sido eleito para o cargo com votos dos bósnios muçulmanos, a população mais numerosa do país.

A Bósnia-Herzegovina, um Estado dividido em duas entidades autónomas -- a Federação Bósnia-Herzegovina e a Republica Sérvia -, vive constantes desentendimentos entre os seus líderes depois de quase 30 anos da sua guerra civil (1992-1995).

A entidade sérvio-bósnia condenou os ataques terroristas a Israel e a sede da presidência sérvia-bósnia foi iluminada durante a noite com as cores da bandeira israelita.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo central da Bósnia condenou todos os tipos de violência num comunicado e apelou à "busca imediata de acordos de paz duradouros".

Leia Também: África do Sul considera ataque do Hamas "causa de pessoas oprimidas"

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