No entanto, a imprensa polaca noticiou as crescentes tensões entre os dois comandantes demissionários -- o chefe do Estado-Maior, general Rajmund Andrzejczak, e o comandante operacional, general Tomasz Piotrowski -- e o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak.
Nem os dois comandantes nem o Governo comentaram a situação.
Recentemente, Blaszczak criticou publicamente Piotrowski pela reação do exército a um míssil russo que caiu numa floresta polaca em dezembro. Ninguém ficou ferido.
Blaszczak alegou que Piotrowski não o informou do incidente e que o exército não conseguiu encontrar o míssil. Mais tarde, o míssil foi encontrado acidentalmente por um civil.
De acordo com os meios de comunicação social polacos, o ministro tinha recentemente mantido Piotrowski fora do circuito das decisões operacionais, como o reforço das defesas na fronteira com a Bielorrússia ou a retirada de cidadãos polacos de Israel após o ataque do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) no fim de semana.
Blaszczak colocou um homem de confiança, o comandante do exército, general Wieslaw Kukula, à frente das operações de retirada de Israel, o que, segundo o diário Gazeta Wyborcza, "foi a gota de água para as demissões".
As demissões ocorrem cinco dias antes das eleições legislativas e os meios de comunicação social, incluindo o diário Rzeczpospolita, afirmam que os dois generais se opõem a que as forças armadas sejam utilizadas na campanha eleitoral do Governo.
A decisão de aceitar ou não as demissões cabe ao Presidente polaco, Andrzej Duda, que é o comandante supremo das forças armadas.
Duda convocou para hoje uma reunião do Gabinete de Segurança Nacional com o primeiro-ministro e os principais ministros.
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