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Ucrânia e conflito em Gaza dominam reunião de ministros da Defesa da NATO

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se hoje em Bruxelas para decidir as necessidades prementes da Ucrânia, mas parte da reunião vai ser preenchida com a recente escalada entre Israel e o Hamas e as implicações no conflito israelo-palestiniano.

Ucrânia e conflito em Gaza dominam reunião de ministros da Defesa da NATO
Notícias ao Minuto

06:18 - 11/10/23 por Lusa

Mundo NATO

Com o aproximar do inverno e das expectáveis baixas temperaturas da época, os ministros com a pasta da Defesa dos 31 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), mais a Suécia e a Ucrânia como convidados, querem encontrar uma maneira de impedir a Rússia de reutilizar a estratégia de bombardear infraestruturas críticas e assim penalizar fortemente o bem-estar da população ucraniana.

"Queremos assegurar de que neste inverno os ucranianos têm as defesas aéreas de que necessitam para fortalecer as infraestruturas críticas e garantir que a Rússia não enfia a população ucraniana no escuro e ao frio", disse a embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) junto da NATO, Julianne Smith, numa reunião com jornalistas de preparação do encontro.

Ao início da manhã vai haver uma reunião paralela do grupo de países que disponibilizou caças F-16 à Ucrânia e/ou a formação de pilotos. Portugal faz parte enquanto país que vai disponibilizar formação.

"Antecipo que haja uma ênfase na defesa aérea e munições, apesar de não haver dúvidas de que os ucranianos vão trazer uma variedade de pedidos", referiu a representante diplomática.

Em cima da mesa há vários assuntos que preocupam os Estados-membros em relação à Ucrânia.

A disponibilização de caças e a formação de pilotos tem de estar concluída até ao final do ano para que as Forças Armadas ucranianas consigam utilizar este reforço da capacidade bélica na contraofensiva que iniciaram há meses, mas cuja progressão foi mais lenta do que antecipado, por causa das linhas de defesa que as forças de Moscovo montaram.

Contudo, o conflito tem progredido nos céus, com centenas de ataques com 'drones' (aparelhos não tripulados) nos últimos meses de ambas as partes e a intensificação dos bombardeamentos russos nas últimas semanas.

Atrasar a disponibilização de caças pode afetar o ímpeto da contraofensiva, advertiram em várias ocasiões oficiais militares e governamentais de Kiev.

As munições e a sua escassez nos 'stocks' dos Estados-membros, assim como a sua disponibilização à Ucrânia, continua a ser uma preocupação da NATO, apenas suplantada pela incerteza norte-americana.

Desde que Washington colocou um travão à ajuda à Ucrânia, que os Estados-membros têm dramatizado as consequências de perder o apoio 'de peso' daquela que é a maior potência militar da Aliança Atlântica.

E com a aproximação das eleições presidenciais, daqui a pouco mais de um ano, as vozes, maioritariamente dentro do Partido Republicano norte-americano, quanto ao custo do apoio ucraniano começam a causar burburinho nos corredores do quartel-general da NATO.

Mas a recente escalada entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, e as suas implicações no conflito israelo-palestiniano irá também centrar as atenções dos aliados.

Os 31 Estados-membros da aliança vão abordar de que maneira é que é possível auxiliar Israel na luta contra o Hamas, organização que a NATO classifica como terrorista, mas preservando a população palestiniana e caminhando no sentido de desagravar as tensões.

Depois do bombardeamento massivo, no último fim de semana, reivindicado pelo Hamas contra o território e a população israelitas, as preocupações prendem-se agora com a possibilidade de uma guerra em larga escala no território de Gaza, um enclave palestiniano completamente cercado pelas tropas israelitas.

Os Estados Unidos já prometeram estar disponíveis para apoiar Israel na luta contra o Hamas.

Nas declarações de antecipação do encontro, Julianne Smith quis descansar os aliados e referiu que não está em causa o apoio prolongado dos Estados Unidos à Ucrânia, nem pelo apoio a Telavive, nem pela paragem abrupta do financiamento pelo Congresso.

"A mensagem que saiu dos nossos encontros é clara: os Estados Unidos vão continuar a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário. E acredito que os nossos aliados gostarão de ouvir essa mensagem", disse Julianne Smith.

Na reunião em Bruxelas, Portugal está representado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras.

Leia Também: Rússia "apoia" ataque do Hamas para a "desestabilização" global

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