Suíça estuda maneira de classificar Hamas como organização terrorista

O Conselho Federal Suíço anunciou hoje ser "da opinião de que o Hamas deve ser qualificado como uma organização terrorista" e está a examinar as opções legais disponíveis.

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

Lusa
11/10/2023 23:47 ‧ 11/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A Suíça está pronta para apoiar todos os esforços na região no sentido da desescalada", acrescentou o Conselho suíço.

"O Conselho Federal examinou os recentes ataques chocantes perpetrados pelo Hamas contra civis em Israel a partir da Faixa de Gaza. Condena nos termos mais veementes estes atos terroristas e apela à libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas", segundo comunicado.

Foi criada uma força de intervenção com a missão de estudar as opções para qualificar o movimento islâmico como "terrorista", na sequência dos ataques do Hamas em Israel e da resposta do Estado judaico. O Conselho ainda não anunciou uma data para tal.

Apesar dos apelos das organizações judaicas na Suíça e do líder do Partido Popular Suíço(UDC) para condenar o Hamas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ignazio Cassis, explicou que seria difícil para o país adotar a designação que a UE ou os EUA adotaram.

O Conselho Federal considerou só pode proibir organizações que também sejam proibidas pela ONU, explicou o MNE. "Fizemo-lo em 2015 com a Al-Qaeda, numa lei especial que foi suspensa no final do ano passado".

Apenas a Al-Qaeda, o grupo do Estado Islâmico e outras organizações relacionadas estão atualmente banidas na Suíça.

O UDC -partido de extrema direita suíço- exige que os membros do Hamas e os seus simpatizantes na Suíça sejam imediatamente colocados sob a vigilância dos serviços de inteligência da Confederação suíça.

Todas as tentativas apresentadas pelo Parlamento para proibir o Hamas falharam. Uma comissão na sua câmara baixa apresentou uma proposta com o mesmo objetivo, no início desta semana.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.

No total, a guerra já causou mais de três mil mortos, entre civis, soldados israelitas e combatentes palestinianos.

Desde então, o conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 950 em Gaza desde sábado.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

Leia Também: Biden diz ter visto imagens "verificadas" do Hamas a decapitar crianças

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