Um professor francês foi esfaqueado mortalmente na sexta-feira por um antigo aluno radicalizado em frente a uma escola secundária em Arras, no norte de França. O jovem de 20 anos, de nacionalidade russa, estava sinalizado pelas autoridades por suspeitas de radicalização islâmica.
O caso provocou uma onda de indignação e levou o Governo francês a elevar o nível de alerta de ataque para o seu nível máximo, tendo colocado em estado de prontidão cerca de 7.000 militares.
Destas 193 pessoas inscritas no ficheiro de pessoas radicalizadas (FSPRT), 85 "provavelmente já não se encontram em França", referiu, em declarações à agência AFP, o gabinete do ministro do Interior, que clarificou que será necessária uma "verificação caso a caso" sobre estas pessoas.
Foi também solicitado aos autarcas um "novo exame aprofundado" de 2.852 pessoas em situação regular e que constam nos registos do FSPRT.
No total, estão inscritas no FSPRT 20.120 pessoas, incluindo 4.263 estrangeiros em situação regular ou irregular.
Desde 2015, 922 pessoas cadastradas nesta listagem foram expulsas do país, segundo o executivo francês.
O ministro do Interior francês também anunciou hoje que 102 pessoas foram detidas por atos antissemitas ou de apologia pública do terrorismo desde o ataque-surpresa do grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, perpetrado em 07 de outubro.
Entre os 102 detidos, 27 são estrangeiros, informou o ministro, acrescentando que 11 deles estão "atualmente num centro de detenção administrativa ou na prisão".
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