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Dois mortos, suspeito em fuga. O que se sabe do ataque em Bruxelas

Já foi aberta uma investigação ao incidente, existindo suspeitas de terrorismo. Marcelo Rebelo de Sousa está na cidade e pretendia ir ver o jogo da seleção a um "estabelecimento comercial português, com portugueses" - foi, contudo, aconselhado a ir para o hotel.

Notícias ao Minuto

20:01 - 16/10/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Bélgica

Duas pessoas foram mortas a tiro - e uma terceira ficou ferida - em Bruxelas, na Bélgica, esta segunda-feira. O suspeito - identificado pela RTBF como Abdesalem L., de 45 anos -, encontra-se em fuga, as escolas e creches do país manter-se-ão fechadas na terça-feira e o Centro de Crise Nacional da Bélgica irá reunir-se. 

Um vídeo, aparentemente do momento do crime, difundido pelas redes sociais, mostra uma pessoa com uma arma de fogo a disparar no meio de uma rua no bairro de Molenbeek. Enquanto as pessoas que estão na rua fogem, o atirador entra num edifício e pelo menos três tiros são audíveis.

As vítimas estariam a usar camisolas da seleção nacional de futebol da Suécia, que se encontrava, nesta segunda-feira, a jogar frente à Bélgica no âmbito da qualificação para o Campeonato da Europa de 2024. O encontro decorria no Estádio Rei Balduíno, a cerca de 5 quilómetros do local do incidente.

Após os ataques, os jogadores da seleção da Suécia recusaram regressar ao relvado depois do intervalo na partida. Entretanto, a UEFA decidiu mesmo cancelar o encontro e o estádio foi evacuado.

"Posso confirmar que houve um tiroteio ao início da noite e que pelo menos duas pessoas morreram. Informámos todos os nossos parceiros para saber que consequências pode haver", disse à Lusa Yves Stevens, porta-voz do Centro de Crise Nacional da Bélgica.

Imagens do ataque foram, entretanto, partilhadas nas redes sociais, como pode ver abaixo. Aos nossos leitores pede-se especial atenção para o conteúdo gráfico que pode ferir suscetibilidades.

Foi aberta uma investigação ao incidente, mantendo-se em aberto a possibilidade de se tratar de um ataque terrorista. O jornal La Libre relata que os serviços de emergência foram chamados para o local do tiroteio, na zona do Boulevard d'Ypres, por volta das 19h20.

As autoridades declararam o nível 4 - o máximo da escala - de alerta para ameaça terrorista, em Bruxelas. O resto do país está no nível 3.

"Terrível", "covarde", "choque". As reações ao ataque

O primeiro-ministro da Bélgica, anunciou no X (antigo Twitter) que enviou as suas condolências ao seu homólogo sueco e sugeriu que se poderá tratar, mesmo, de um ataque terrorista.

"Acabo de apresentar as minhas sinceras condolências ao primeiro-ministro sueco, na sequência do terrível ataque desta noite aos cidadãos suecos em Bruxelas. Os nossos pensamentos estão com as famílias e amigos que perderam os seus entes queridos. Como parceiros próximos, a luta contra o terrorismo é conjunta", lê-se na mensagem.

"Tiroteio terrível em Bruxelas", escreveu, por sua vez, a ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, também no X. Já o autarca Philippe Close afirmou: "Após o tiroteio em Bruxelas, os serviços policiais estão a mobilizar-se para garantir a segurança dentro e ao redor da nossa capital."

Já o presidente francês Emmanuel Macron expressou a sua "solidariedade" ao primeiro-ministro belga. "Acabo de falar com o primeiro-ministro Alexander De Croo para expressar a solidariedade dos franceses neste momento terrível que Bruxelas atravessa. Pensamos nas vítimas deste ataque covarde, bem como nos nossos amigos belgas e suecos, cujo choque partilhamos", escreveu no X.

A nível europeu, contam-se ainda as reações do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que disse que "o coração da Europa foi atingido pela violência", e da presidente da Comissão Europeia, que acusou o "desprezível ataque" em Bruxelas e apelou à polícia belga para que "detenha rapidamente" o suspeito.

Marcelo Rebelo de Sousa está em Bruxelas (e já reagiu)

Marcelo Rebelo de Sousa, recorde-se, está na capital belga, onde teve esta noite um jantar privado com o rei Filipe da Bélgica. O chefe de Estado admitiu que pretendia ver o jogo da seleção nacional portuguesa frente à Bósnia e Herzegovina, no âmbito da qualificação para o Euro'2024, num "estabelecimento comercial português, com portugueses", mas "as autoridades competentes entenderam que deveria seguir para o hotel".

Entretanto, a Presidência da República publicou uma nota no seu site oficial referindo que, na sequência do ataque, Marcelo Rebelo de Sousa "exprimiu a sua solidariedade ao Rei Philippe dos Belgas e ao Rei Carlos Gustavo, da Suécia" e condenou "o ataque desta noite em Bruxelas, que vitimou inocentes cidadãos suecos". 

Veja o mapa:

[Notícia atualizada às 00h40 do dia 17 de outubro]

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