Macron alerta para regresso do "terrorismo islâmico" na Europa

O presidente francês afirmou hoje que todos os países europeus "são vulneráveis" perante o regresso do "terrorismo islâmico", um dia depois de um atentado que matou duas pessoas em Bruxelas e alguns dias após um ataque em França.

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© Chesnot/Getty Images

Lusa
17/10/2023 14:08 ‧ 17/10/2023 por Lusa

Mundo

França

Emmanuel Macron falava durante uma conferência de imprensa em Tirana, na Albânia, onde se encontra de visita.

"Todos os Estados europeus são vulneráveis. O terrorismo islâmico está de facto a regressar e todos nós somos vulneráveis. É a vulnerabilidade que acompanha as democracias, os Estados de direito, onde há indivíduos que, a dada altura, podem decidir cometer o pior", afirmou o chefe de Estado francês numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro albanês, Edi Rama.

"Nunca será possível num Estado de direito haver um sistema em que o risco terrorista seja completamente erradicado", alertou Macron, apelando ao estabelecimento de mais vigilância, frisando, porém, que "seria uma derrota extrema pensar que a resposta está na suspensão do Estado de direito".

O chefe de Estado francês acrescentou ainda, a propósito do ataque ocorrido na passada sexta-feira numa escola secundária em Arras, no norte de França, que "não viu qualquer falha" por parte dos serviços de informação e do Ministério do Interior franceses.

Na sexta-feira, um professor francês foi esfaqueado mortalmente por um ex-aluno radicalizado. O ataque foi perpetrado por um jovem russo-checheno de 20 anos que estava sinalizado pelas autoridades francesas por suspeitas de radicalização islâmica.

Na segunda-feira, dois suecos foram mortos num ataque com uma arma de fogo em Bruxelas. O suspeito do atentado, um tunisino de 45 anos, foi morto a tiro pela polícia belga, informaram hoje as autoridades da Bélgica. Suspeito de extremismo, o tunisino vivia ilegalmente no território belga.

Macron defendeu hoje as medidas antiterrorismo implementadas desde a sua eleição à Presidência em 2017.

"Um modelo que nos permite estar tão seguros quanto possível fora do estado de emergência", porque não se pode "viver em estado de emergência permanente", frisou.

Leia Também: Bruxelas. Imagens mostram aparato no local onde suspeito foi neutralizado

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