"Da mesma forma que o mundo se uniu para derrotar os nazis (...), o mundo deve estar unido ao lado de Israel para derrotar o Hamas", declarou, no 11.º dia de uma guerra com o grupo que controla desde 2007 a Faixa de Gaza, classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel.
Netanyahu falava numa conferência de imprensa em Telavive com o chanceler alemão, Olaf Scholz, um dos líderes estrangeiros que visitaram Israel desde o ataque.
"A barbárie de que fomos testemunhas, perpetrada pelos assassinos do Hamas procedentes de Gaza é o pior crime cometido contra os judeus desde o Holocausto", afirmou ainda o chefe do executivo israelita.
O chanceler alemão, por seu turno, sustentou que "a glorificação e celebração da violência é desumana e detestável".
"Ao contrário do Hamas, que quer usar os cidadãos de Gaza como escudos humanos, a nossa preocupação estende-se também a eles", acrescentou, afirmando "querer proteger os civis e evitar as vítimas civis".
Mais de 1.400 pessoas morreram em Israel em consequência do ataque em várias frentes lançado pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza a 07 de outubro, a maioria das quais civis no próprio dia do ataque, o mais mortífero desde a criação do Estado de Israel, em 1948.
O movimento islamita capturou também 200 pessoas, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas. Outras milícias capturaram mais 50 pessoas, o que perfaz um total de 250 reféns.
Tratou-se de uma ofensiva por terra, mar e ar apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Os bombardeamentos da retaliação israelita sobre a Faixa de Gaza fizeram 3.000 mortos, na maioria civis palestinianos, segundo as autoridades locais.
Israel, que impôs um cerco total a Gaza, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade, planeia uma ofensiva maciça ao norte daquele território palestiniano e emitiu um ultimato para a população civil (cerca de 1,1 milhões de pessoas) o abandonar e se dirigir para o sul -- uma deslocação forçada que originou protestos da comunidade internacional.
O Governo alemão "prosseguirá os seus esforços humanitários para atenuar o sofrimento da população civil", disse Scholz, precisando ter discutido com Netanyahu a possibilidade de "um melhor acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza".
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