"Congratulamo-nos com o acordo político liderado pela Venezuela alcançado hoje [terça-feira] em Barbados. Este acordo representa um passo necessário para a continuação de um processo de diálogo inclusivo e para a restauração da democracia na Venezuela", explicam num comunicado conjunto.
No documento, divulgado pelo secretário de Estado Antony J. Blinken, explica-se ainda que aqueles países apoiam "um resultado pacífico negociado, que conduza a eleições justas e competitivas, e ao regresso à estabilidade económica e à segurança".
"Continuamos a apelar à libertação incondicional de todos os injustamente detidos, à independência do processo eleitoral e das instituições judiciais, à liberdade de expressão, inclusivé dos membros da imprensa, e ao respeito pelos direitos humanos e políticos", salienta-se na mesma nota.
No documento conclui-se que aqueles países vão trabalhar "com os parceiros internacionais e outros para dar resposta às necessidades urgentes de todos os venezuelanos, dentro e fora do seu país, e para atenuar a crise humanitária".
"Estamos gratos aos Barbados por acolherem as negociações e à Noruega pela sua liderança na facilitação das negociações", pode ler-se no comunicado.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, a declaração conjunta sobre as negociações venezuelanas em Barbados foi divulgada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pelo alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, pela ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, da "Commonwealth" e do Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly.
O Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a opositora Plataforma Unitária Democrática retomaram terça-feira as negociações em Bridgetown, Barbados, na presença do ministro de Exteriores de Barbados, Jerome Walcott, de representantes do país mediador, a Noruega, e de países acompanhantes, Países Baixos, Rússia, México, Colômbia e Brasil.
Após o primeiro dia de negociações, ambas delegações assinaram um acordo sobre a promoção de direitos políticos e garantias eleitorais para todos, com vista às presidenciais previstas para o segundo semestre de 2024.
Os presidentes das delegações que representam o Governo, Jorge Rodriguez, e a oposição, Gerardo Blyde, assinaram ainda um outro para a proteção dos interesses vitais da nação.
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