Segundo a vice-presidente do partido presidencial AKP no parlamento, Özlem Zengin, citada pela estação de televisão estatal turca TRT e a estação privada NTV, o anúncio será oficializado por decreto presidencial.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha apelado na terça-feira à noite para "o fim desta brutalidade sem precedentes em Gaza", acusando Israel de ter "atacado um hospital que albergava mulheres, crianças e civis inocentes".
No entanto, o Exército israelita afirmou hoje ter "provas" da autoria do grupo palestiniano Jihad Islâmica deste ataque, uma versão dos acontecimentos apoiada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, atualmente em visita a Israel.
O ataque com um míssil que fez pelo menos 471 mortos, segundo o mais recente balanço, desencadeou fortes reações na Turquia, onde cerca de 80.000 pessoas se manifestaram na terça-feira em frente ao consulado de Israel em Istambul, de acordo com as autoridades.
O Ministério da Saúde do Governo do movimento islamita palestiniano Hamas atualizou hoje o número de vítimas na Faixa de Gaza, anunciando que pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.
A mesma fonte não esclareceu se estavam já incluídas no balanço as centenas de pessoas mortas ao início da noite de terça-feira no hospital de Gaza.
O movimento islâmico Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa sobre território israelita que designou como operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de 'rockets' e a incursão de combatentes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel desencadeou um bombardeamento generalizado da Faixa de Gaza, numa operação designada "Espadas de Ferro", e tem prosseguido desde então os seus ataques devastadores ao enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel.
No ataque do Hamas, foram mortos cerca de 1.400 israelitas, incluindo mais de 300 militares, e sequestradas cerca de 250 pessoas que estão em cativeiro na Faixa de Gaza, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.
O conflito já alastrou à fronteira israelo-libanesa, com contínuas trocas de disparos de artilharia e bombardeamentos entre o Exército judaico e a milícia xiita libanesa do Hezbollah.
Na Cisjordânia ocupada, desde 07 de outubro, já foram mortos pelo menos 61 palestinianos, centenas ficaram feridos e efetuadas mais de 700 detenções.
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