Crisis Group pede líderes ocidentais unidos por cessar-fogo em Israel

A organização Crisis Group defendeu hoje que os líderes ocidentais devem unir-se nos apelos a um cessar-fogo para salvar vidas na Faixa de Gaza, evitar que os combates se alastrem e privilegiar a diplomacia.

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Lusa
19/10/2023 13:14 ‧ 19/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Bruxelas, 19 out 2023 (Lusa) -- A organização Crisis Group defendeu hoje que os líderes ocidentais devem unir-se nos apelos a um cessar-fogo para salvar vidas na Faixa de Gaza, evitar que os combates se alastrem e privilegiar a diplomacia.

"Independente de quem seja o responsável pela explosão que matou centenas de pessoas num hospital [de Gaza], o número de vítimas da guerra em Gaza é demasiado elevado. Os líderes ocidentais deveriam juntar-se aos apelos a um cessar-fogo para salvar vidas, evitar que os combates se alastrem e dar uma oportunidade à diplomacia", afirmou num comunicado a organização independente Crisis Group - que trabalha para a prevenção de guerras e para a adoção de políticas pacifistas.

Para o Crisis Group, "Israel deveria interromper o bombardeamento para permitir a abertura de um verdadeiro corredor humanitário".

"Paralelamente, poderia expor aos parceiros ocidentais os seus termos para um cessar-fogo permanente que incluiria uma forma de lidar com o Hamas e a questão da futura governação de Gaza. O Hamas, entretanto, deveria libertar os reféns que este e outros militantes mantêm" em Gaza, avaliou o Crisis Group.

Segundo a organização, "a longo prazo, os líderes mundiais precisam de voltar a colocar as aspirações nacionais palestinianas nas suas agendas".

"Os ataques de 07 de outubro dissiparam a ideia de que Israel poderia isolar-se sem abordar a questão política", referiu ainda o grupo indenpendente.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou de surpresa Israel no dia 07 de outubro, matando 1.400 pessoas, a maioria das quais civis.

Desde então, Israel tem bombardeado Gaza, causando a morte de quase 4.000 pessoas, a maioria das quais também civis, e fez, no final da semana passada, um aviso para que os palestinianos fugissem do norte do território, deixando implícito que vai avançar por via terrestre naquela região.

Na noite de terça-feira, um hospital na Faixa de Gaza foi atingido por um foguete, deixando centenas de feridos. Israel nega o ataque e diz que se tratou do lançamento de um foguete pelo grupo islamita 'Jihad' Islâmica que acabou por atingir o centro médico.

O Egito anunciou hoje o acordo para uma "passagem duradoura" de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah, numa altura em que centenas de camiões com ajuda estão parados às portas do enclave.

CSR // APN

Lusa/Fim

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