O Estado Islâmico na África Central (ISCA, na sigla em inglês) afirmou, num comunicado divulgado através dos seus canais de propaganda, que "três cristãos, incluindo um cidadão britânico, foram mortos num novo ataque de soldados do califado no oeste do Uganda, entre as zonas de Muya e Kikorongo, em Kasese".
O ataque, que ocorreu no Parque Nacional Rainha Isabel, o parque nacional mais visitado do país, foi atribuído pelo Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, a membros das Forças Democráticas Aliadas (FDA), que juraram fidelidade ao Estado Islâmico e que operam há anos sob a bandeira do ISCA.
O Presidente afirmou que o ataque foi feito por "um pequeno grupo de terroristas que fugiram das operações - contra as FDA - na República Democrática do Congo (RDCongo)" e prometeu que "estes terroristas vão pagar".
Os mortos foram identificados como um turista britânico, uma turista sul-africana, e um guia local.
Segundo Museveni, o casal tinha viajado para o Uganda em lua de mel quando foi vítima de uma emboscada durante uma visita ao Parque Nacional Rainha Isabel.
Entretanto, o governo britânico atualizou o seu alerta de viagem para o Uganda e aconselhou os seus cidadãos a "evitar qualquer viagem não essencial ao Parque Nacional Rainha Isabel e às áreas a sudoeste de Kasese e do Parque Nacional Semuliki".
As FDA, um grupo ugandês formado na década de 1990, particularmente ativo no leste da RDCongo e responsável pela morte de centenas de civis nesta parte do país, podem estar a tentar voltar a operar no Uganda, de onde se retiraram em 2003 após uma série de operações militares terem reduzido drasticamente a sua capacidade de realizar ataques no país.
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