Médio Oriente? "Não podemos desistir da solução dos dois Estados"
O Presidente norte-americano disse na quinta-feira que o mundo não pode desistir de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, argumentando que os dois povos merecem "viver em segurança".
© REUTERS/Jonathan Ernst
Mundo Biden
"Por mais difícil que seja, não podemos desistir da paz. Não podemos desistir da solução de dois Estados", disse Joe Biden num raro discurso no Salão Oval da Casa Branca, transmitido em direto pelas principais redes de televisão do país.
"Israel e os palestinianos merecem igualmente viver em segurança, dignidade e paz", frisou, numa mensagem dirigida a israelitas e palestinianos, mas também aos democratas progressistas norte-americanos que estão descontentes pelo posicionamento "demasiado pró-Israel" do chefe de Estado.
Numa discurso de 15 minutos, em que anunciou ao país que vai enviar ao Congresso um pedido "urgente" para financiar a assistência militar a Israel e à Ucrânia, Biden aproveitou para lamentar a morte de cada civil morto em Israel e em Gaza, frisando que o grupo islamita Hamas não representa o povo palestiniano.
Biden, que visitou Israel na quarta-feira, reforçou que discutiu com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre a necessidade crítica de Israel operar de acordo com as leis da guerra, após o ataque do Hamas em 07 de outubro.
"Isso significa proteger os civis em combate. A população de Gaza precisa urgentemente de alimentos, água e medicamentos. Em discussões com os líderes de Israel e do Egito, consegui um acordo para o primeiro envio de assistência humanitária das Nações Unidas para civis palestinianos em Gaza", recordou.
O chefe de Estado aproveitou ainda para abordar a raiva e a divisão que inflamaram as comunidades norte-americanas nos últimos dias, numa relação direta ao conflito entre Israel e o Hamas, denunciando o antissemitismo e a islamofobia.
Biden referiu diretamente o homicídio no passado fim de semana de Wadea Al-Fayoume, um menino palestino-americano de seis anos que foi morto a facadas pelo seu senhorio, como um exemplo de preconceito anti-muçulmano e anti-palestiniano que não pode ser tolerado.
"Eu vejo-vos, vocês pertencem aqui. E quero dizer isto a vocês: todos vocês são americanos", disse Biden, naquele que foi apenas o seu segundo discurso a partir do Salão Oval da Casa Branca desde que assumiu a Presidência norte-americana, em janeiro de 2021.
Pouco antes de Biden condenar a intensificação da islamofobia nos Estados Unidos no seu discurso, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR), um grupo muçulmano de direitos civis, anunciou que um hotel na Virgínia cancelou uma das suas reuniões neste sábado devido a múltiplas ameaças terroristas visando o hotel, funcionários, o CAIR e a população muçulmana.
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