A parceria diz respeito a três tratamentos desenvolvidos pela Daiichi Sankyo denominados conjugados anticorpos-fármaco (ADC, na sigla em inglês), terapias direcionadas para atingir as células cancerígenas com maior precisão, reduzindo assim os efeitos secundários.
Inicialmente, a Merck deverá pagar quatro mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) à Daiichi Sankyo e poderá depois fazer pagamentos adicionais com base no cumprimento de metas de vendas futuras, num montante total que poderá atingir os 22 mil milhões de dólares (20,8 mil milhões de euros), de acordo com um comunicado de imprensa conjunto.
"Uma colaboração com a Merck" permitirá disponibilizar estes tratamentos "a mais pacientes e da forma mais rápida possível", declarou o diretor-geral da Daiichi Sankyo, Sunao Manabe, citado no comunicado de imprensa.
"O trabalho pioneiro dos cientistas da Daiichi Sankyo destacou o potencial considerável dos ADCs para fornecer novas opções significativas a pacientes com cancro. Esperamos expandir esta colaboração para fornecer a próxima geração de medicamentos anticancerígenos de precisão", disse o líder da Merck, Robert Davis, também citado no comunicado.
O valor das ações da Daiichi Sankyo subiu quase 18% na Bolsa de Valores de Tóquio após o anúncio e registou um aumento de 12,9% por volta do meio-dia (05:00 em Lisboa).
O grupo japonês já tinha lançado uma parceria com a britânica AstraZeneca para o desenvolvimento do biomedicamento Enhertu, contra o cancro da mama, bem como para desenvolver outro tratamento para o cancro da mama e do pulmão.
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