O custo total do pedido de financiamento suplementar foi estimado em pouco mais de 105 mil milhões de dólares (cerca de 99 mil milhões de euros), que o Presidente Joe Biden espera que o Congresso aprove rapidamente.
Na noite de quinta-feira, num discurso televisionado a partir da Sala Oval da Casa Branca, Biden defendeu o aprofundamento do apoio dos EUA aos seus aliados.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, justificou esta decisão dizendo que a invasão em curso da Ucrânia pela Rússia e o ataque do Hamas a Israel representam um "ponto de inflexão global".
"Este pedido de orçamento é fundamental para promover a segurança nacional da América e garantir a segurança do povo americano", disse Sullivan.
Contudo, a aprovação deste pacote de ajuda está comprometida, já que a Câmara de Representantes do Congresso está sem liderança, com a maioria Republicana incapaz de escolher um novo 'speaker'.
O congressista Jim Jordan, de Ohio, um aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, vai hoje de novo a votos, tendo falhado até agora uma maioria que garanta a sua escolha, perante a resistência de uma parte significativa da sua bancada parlamentar.
Mesmo que os Republicanos consigam resolver o seu problema de liderança, Biden enfrentará dificuldades.
O Presidente espera que a combinação de várias questões, desde a segurança das fronteiras até ao combate à influência da China, promova uma coligação política entre os dois partidos que possa fazer avançar a legislação.
Contudo, há igual potencial para que todo o pacote fique atolado em vários debates políticos, especialmente quando se trata de imigração, um tema historicamente controverso.
Embora tenha havido uma pausa nas chegadas de migrantes aos EUA após o início das novas restrições de asilo, decretadas em maio, as travessias ilegais ultrapassaram uma média diária de mais de 8.000 no mês passado.
A Casa Branca quer aumentar o número de agentes de fronteira, instalar novas máquinas de inspeção para detetar a droga fentanil e aumentar os recursos humanos para processar casos de asilo, mas não tem tido o apoio para este plano da maioria Republicana.
Leia Também: Amnistia Internacional admite crimes de guerra na Faixa de Gaza