"Estamos profundamente preocupados com a possibilidade de uma escalada significativa destes ataques", disse Kirby no 'briefing' diário da Casa Branca.
Por esta razão, prosseguiu, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, ordenou que os militares "tomassem medidas para se prepararem" e se defenderem.
O porta-voz lembrou que o Pentágono anunciou no fim de semana uma série de medidas para melhorar a posição dos Estados Unidos no Médio Oriente devido às recentes ações consideradas de escalada por parte do Irão e dos seus aliados.
O Departamento de Defesa anunciou que enviará mais mísseis e sistemas de defesa para a região e, especificamente, ordenou que o porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower fosse transferido para a área do Comando Central, que tem autoridade sobre o Médio Oriente e Ásia Central.
"Faremos o que for preciso para garantir que as nossas tropas estejam na posição correta, protegidas, e que tenhamos a capacidade de responder", disse Kirby, que acusou o Irão de continuar a apoiar grupos como o Hamas e o Hezbollah na nova crise israelo-palestiniana.
"Sabemos que o Irão está a monitorizar de perto os acontecimentos e, em alguns casos, a facilitar ativamente estes ataques e a encorajar outros que queiram explorar o conflito para seu próprio benefício", declarou.
Kirby acrescentou que o Presidente norte-americano, Joe Biden, "não quer que este conflito se propague".
"Adicionamos capacidade militar adicional à região para dissuadir qualquer ação deste tipo e agiremos de forma adequada para proteger e defender a nossa segurança nacional e os interesses na região", afirmou o porta-voz.
Embora não possa ser provado que o Governo de Teerão esteve envolvido nos ataques do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro contra Israel, acrescentou, os Estados Unidos dizem "que há cumplicidade por parte do Irão", uma vez que "vêm apoiando o Hamas há anos", de acordo com Kirby.
"O Hamas não poderia funcionar ou existir sem o Irão", concluiu.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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