Vários parlamentares apoiam paz de Zelensky e restituição da Crimeia
Parlamentares de mais de 40 países assinaram hoje em Praga uma declaração conjunta na qual apoiam o plano de paz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que inclui a restituição à Ucrânia da Crimeia, ilegalmente anexada pela Rússia em 2014.
© CARL COURT/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"Apoiámos a fórmula de paz do Presidente Zelensky", disse Marketa Pekarova, chefe da câmara baixa do parlamento checo e anfitriã da segunda cimeira parlamentar da Plataforma Internacional da Crimeia, que terminou hoje em Praga.
O documento da declaração conjunta, que foi redigido por Pekarova, assegura "apoio esmagador" à libertação e integração da península da Crimeia na Ucrânia.
A Plataforma Internacional da Crimeia foi criada no verão de 2021 por iniciativa de Zelensky e visa coordenar todos os esforços nacionais e internacionais para devolver a península à soberania ucraniana.
O texto condena ainda a "responsabilidade da Rússia pelo impacto da guerra" na Ucrânia, invadida pelas forças de Moscovo em fevereiro de 2022 no âmbito de uma ofensiva que já dura há mais de 600 dias, e especificamente na esfera dos direitos humanos e do ambiente, tanto na Crimeia como nos territórios anexados do leste e sul do país.
As regiões anexadas, que representam quase 15% do território da Ucrânia, incluem Donetsk e Lugansk, no leste, e Kherson e Zaporijia, no sul.
Moscovo também é responsabilizada na declaração pela "deterioração da situação de segurança" no Mar Negro, através do qual os cereais ucranianos deixaram de transitar livremente para o resto do mundo, e pela "crise energética", uma vez que os países europeus têm de encontrar alternativas ao gás natural e petróleo russos.
Especial atenção foi dada na declaração dos parlamentares à denúncia sobre o envolvimento da Federação Russa e da Bielorrússia no "sequestro ilegal de crianças ucranianas".
Segundo Pekarova, cerca de 4.000 crianças da minoria tártara foram raptadas só na Crimeia e levadas contra a sua vontade para a Rússia e a Bielorrússia.
Outro ponto da declaração final é a criação de grupos de apoio à Plataforma da Crimeia nos parlamentos nacionais.
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