"O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação", disse Hossein Amir Abdollahian à agência iraniana IRNA.
Abdollahian disse que o Irão quer a cessação imediata dos "crimes de guerra e genocídio" na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano.
"Isso pode ser incluído em qualquer resolução" da ONU, afirmou, segundo a agência espanhola EFE.
O diplomata elogiou o grupo islamita palestiniano Hamas, que o Irão apoia e financia, como um "movimento de libertação palestiniano" que tem agido contra a ocupação israelita, o que, segundo Abdollahian, é aceite pelo direito internacional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse ainda à IRNA que tenciona apresentar as posições da República Islâmica sobre a questão palestiniana na Assembleia Geral e manter conversações com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O exército israelita acusou o Irão de ter ajudado o Hamas no ataque de 07 de outubro contra Israel, em que foram mortas 1.400 pessoas e raptadas duas centenas de pessoas mantidas como reféns em Gaza, segundo Telavive.
O ataque sem precedentes desencadeou uma guerra entre Israel e o Hamas, com as forças israelitas a cercar e a bombardear a Faixa de Gaza desde então, provocando mais de 6.500 mortos, de acordo com o movimento islamita.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007, e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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