Num comunicado, o porta-voz das Brigadas de Al-Qassem, Abu Obeida, limitou-se a informar da morte de 50 reféns israelitas em consequência dos ataques aéreos a Gaza, sem fornecer mais pormenores.
"As Brigadas de Al-Qassem calculam que o número de reféns sionistas mortos na Faixa de Gaza por causa dos bombardeamentos e dos massacres sionistas tenha alcançado perto de 50", indicou o braço armado do Hamas na plataforma digital Telegram, uma afirmação que não foi possível verificar junto de fontes independentes.
O Hamas, que utiliza o termo "sionistas" para designar os israelitas, tinha dado conta de 22 reféns mortos a 16 de outubro.
Hoje, horas antes do comunicado das Brigadas de Al-Qassem, o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, tinha elevado para 224 (em vez dos anteriores 222) o número de reféns do seu país capturados pelo Hamas durante o ataque de 07 de outubro ao sul do território de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.
"Este número tem evoluído em função das informações que vamos obtendo. Continuará a evoluir. Os esforços para trazer de volta os reféns são uma prioridade absoluta", garantiu Daniel Hagari.
Na semana passada, Abu Obeida tinha dito que havia um total de 250 reféns -- 200 em poder das Brigadas de Al-Qassem e 50 nas mãos de outras milícias palestinianas.
Nos últimos dias, o Hamas libertou quatro reféns: Judith e Natalie Raanan, mãe e filha com nacionalidade norte-americana, na sexta-feira passada; e as idosas israelitas Yochved Lifshitz e Nurit Cooper, na segunda-feira.
Segundo dados fornecidos na quarta-feira pelo Governo israelita, mais de metade dos reféns tem passaporte estrangeiro de cerca de 25 países. Entre os sequestrados, há pelo menos 54 pessoas de nacionalidade tailandesa.
Em retaliação ao ataque de 07 de outubro do Hamas, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza diariamente e fez, até agora, pelo menos 7.028 mortos e 18.484 feridos, segundo dados do Ministério da Saúde local.
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