Johnson disse que os republicanos da câmara baixa do parlamento norte-americano apresentariam primeiro um projeto de lei separado para fornecer 14,5 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) em ajuda a Israel.
"Devemos estar ao lado do nosso importante aliado no Médio Oriente e este é Israel", disse o conservador, no programa "Hannity" da televisão norte-americana Fox News.
Johnson disse que os republicanos precisam de mais informações sobre a estratégia da administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, para a Ucrânia, mas garantiu que Washington "não vai abandonar" Kiev.
"Não podemos permitir que [o Presidente da Rússia] Vladimir Putin prevaleça na Ucrânia porque não acredito que isso iria parar aí", disse o líder da Câmara dos Representantes.
As declarações de Johnson surgiram horas depois de uma reunião com Joe Biden e o líder dos democratas na câmara baixa do Congresso, Hakeem Jeffries.
O motivo da reunião foi o pedido de 160 mil milhões de dólares (151,5 mil milhões de euros) apresentado por Biden ao parlamento para assistência a Israel e Ucrânia e outras questões de segurança nacional.
Johnson, próximo de Donald Trump e advogado especializado em assuntos constitucionais, tem mostrado pouco interesse em apoiar a Ucrânia na sua resistência à invasão feita pelas tropas russas.
Biden reuniu-se brevemente com Johnson e Jeffries antes de os líderes da Câmara dos Representantes se juntarem a uma reunião classificada com outros congressistas sobre o pacote de assistência, de acordo com um dirigente da Casa Branca.
"Foi uma reunião produtiva", disse Johnson, depois de regressar ao Capitólio. "Gostei do meu encontro com o Presidente", revelou o cristão evangélico, eleito pelo Estado do Luisiana, que é congressista há menos de uma década.
A reunião foi a primeira vez que o novo líder da Câmara dos Representantes recebeu uma apresentação privilegiada por parte de dirigentes da Casa Branca sobre a pretensão de Biden.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O movimento islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, impondo um cerco total a Gaza, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade e bombardeamentos que já mataram mais de 7.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
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