O governo ugandês propôs homenagear as vítimas mortais de um ataque perpetrado a 17 de outubro pelas Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), que acabou com três mortes, dando os seus nomes a uma rua.
O problema é que o executivo apenas incluiu na homenagem o nome dos dois turistas britânicos assassinados, deixando de fora o nome do guia turístico que seguia com eles, e que também foi assassinado.
"Eric [Alyai] também fez parte desta morte e por isso deve ser lembrado porque morreu em serviço. Seria bastante justo", disse um ugandês no X, anteriormente conhecido como Twitter, citado pela BBC.
Já outro utilizador disse que o "complexo de inferioridade" do país é "alto". "Não me surpreende que o parque onde o casal foi morto tenha o nome de uma rainha britânica", ironizou.
A proposta de homenagem tem sido também criticada por alguns, que consideram que o governo não tem feito qualquer ação para homenagear dezenas de outras vítimas das ADF, um grupo rebelde ligado ao Estado Islâmico, no passado.
Em junho, recorda a BBC, as ADF invadiram uma escola ugandesa, matando 41 crianças.
Para recordar
O casal britânico, de Berkshire, estava, a 17 de outubro, a visitar o Parque Nacional Rainha Elisabete, para ver gorilas e outros primatas, quando foi assassinado num ataque perpetrado pelas ADF, junto do guia turístico com quem estavam.
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