EUA impõem novo pacote de sanções ao grupo Hamas

Os Estados Unidos impuseram hoje novas sanções ao grupo islamita Hamas, contra elementos-chave e redes financeiras da organização, bem como contra funcionários iranianos que treinaram os seus combatentes.

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© BASHAR TALEB/AFP via Getty Images)

Lusa
27/10/2023 15:41 ‧ 27/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

As sanções impostas hoje pelo Departamento do Tesouro somam-se às que o Governo norte-americano anunciou em 18 de outubro contra o Hamas após o ataque a Israel, em 07 de outubro, que provocou uma nova guerra na Faixa de Gaza.

O pacote de sanções de hoje inclui empresas propriedade de Abdelbasit Hamza Elhassan Mohamed Khair - um financiador do Hamas baseado no Sudão - e Khaled Qaddoumi, um cidadão jordaniano que reside em Teerão como representante do Hamas no Irão.

O Departamento do Tesouro identifica Qaddoumi como elemento de ligação do Hamas com o regime iraniano.

Washington sancionou ainda os iranianos Ali Morshed Shirazi, Mostafa Mohammad Khani, ambos membros da Guarda Revolucionária Iraniana acusados de treinar o Hamas e a Jihad Islâmica, e Ali Ahmad Faizullahi, comandante da Brigada Saberin do Irão que treina militantes do Hamas e do Hezbollah na Síria.

O Departamento do Tesouro também incluiu nas sanções a Associação de Caridade Al-Ansar, organização ligada à Jihad Islâmica que recebe dinheiro do Irão para ajudar as famílias de militantes de organizações islâmicas de Gaza.

O Departamento do Tesouro estima que os investimentos globais do Hamas valem aproximadamente 500 milhões de dólares (cerca de 480 milhões de euros).

O subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse em comunicado que este novo pacote de sanções "prova o compromisso dos Estados Unidos em desmantelar as redes financeiras do Hamas".

Em 18 de outubro, dia em que o Presidente norte-americano, Joe Biden, visitava Israel, o Departamento de Tesouro anunciou sanções contra uma dezena de "membros-chave do Hamas", agentes, ou pessoas envolvidas no financiamento do grupo islamita palestino, sediado em Gaza e em países como Sudão, Turquia e Catar.

"Os Estados Unidos estão tomando medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e facilitadores do Hamas, após o massacre brutal e injusto de civis israelenses, incluindo crianças", disse a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, em um comunicado, referindo-se ao ataque mortal do Hamas em 07 de outubro em território israelita.

Leia Também: Presidente francês pede uma "trégua humanitária" na guerra com Hamas

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