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Reino Unido mantém alerta "substancial" após reunião de segurança interna

O governo britânico decidiu manter o nível de ameaça terrorista no Reino Unido inalterado em "substancial", numa reunião sobre a segurança no país decorrente do conflito no Médio Oriente, confirmou a ministra do Interior, Suella Braverman.

Reino Unido mantém alerta "substancial" após reunião de segurança interna
Notícias ao Minuto

17:34 - 30/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

O chamado comité COBRA foi convocado para discutir a situação em Gaza e analisar o impacto que a crise poderá ter no risco de ataques terroristas internos.

Em declarações transmitidas pela estação Sky News, Braverman aludiu a declarações do comissário da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Rowley, durante o fim de semana para referir que existe "uma ameaça acrescida de terrorismo devido ao que está a acontecer" e que "é vital que haja atenção à evolução da situação".

No entanto, a ministra indicou que os organismos responsáveis pela avaliação consideram que o nível de ameaça terrorista deve continuar em "substancial", o que significa que é provável um ataque.

O site de notícias Político tinha avançado há alguns dias que o Reino Unido estava a ponderar aumentar o nível de ameaça terrorista para os dois graus mais altos numa escala de cinco, "grave" ou "crítico".

A reunião do comité para situações de emergência COBRA juntou a ministra do Interior, responsáveis da polícia e outros responsáveis pela segurança.

Na semana passada, o vice-primeiro-ministro, Oliver Dowden, conduziu uma reunião sobre o mesmo tema com responsáveis de vários ministérios, nomeadamente dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

O número de incidentes antissemitas e islamofóbicos aumentou exponencialmente em todo o país desde que o Hamas lançou ataques a Israel, em 07 de outubro, aos quais este país respondeu com bombardeamentos na Faixa de Gaza.

Em Londres e noutras grandes cidades realizaram-se também grandes manifestações a favor dos palestinianos, enquanto grupos judeus organizaram vigílias pelos reféns feitos pelos militantes.

A Polícia Metropolitana de Londres indicou ter feito cerca de 100 detenções em Londres por desordem pública, violência e incitação ao ódio racial nas últimas semanas, incluindo nove entre os 16 e 51 anos após uma manifestação no sábado a favor de um cessar-fogo humanitário em Gaza.

Este foi o terceiro sábado consecutivo de manifestações pró-Palestina.

A polícia, que mobilizou mais de um milhar de agentes para o protesto, não contabilizou a participação, embora tenha estimado cerca de 100 mil manifestantes na semana passada.

Os organizadores afirmam que se juntaram no sábado 500 mil pessoas, mais do que as 300 mil de há uma semana atrás.

No domingo à tarde, cerca de 200 pessoas com retratos de civis feitos reféns pelo Hamas reuniram-se em frente à embaixada do Qatar em Londres para exigir a libertação.

O chefe da polícia de Londres, Mark Rowley, adiantou que os incidentes antissemitas multiplicaram-se por cerca de 14 e os atos anti muçulmanos por quase três nas últimas semanas.

A polícia tem estado sob pressão para ser mais firme e punir pessoas que ostentem símbolos ou entoem cânticos considerados ofensivos ou intimidantes para os judeus, como a referência ao Hamas ou à intifada.

Suella Braverman classificou as marchas pró Palestina no centro de Londres como "marchas de ódio" porque exortaram a "eliminação de Israel do mapa".

"Na minha opinião, só há uma maneira de descrever estas marchas. São marchas de ódio", afirmou, mantendo em aberto uma alteração da lei para permitir a detenção e acusação de mais pessoas.

Leia Também: Milhares de manifestantes em Londres pedem fim da ofensiva em Gaza

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