Rebelde acusado da morte de dois turistas foi preso pelo exército ugandês

O chefe do grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em francês), acusado da morte de dois turistas e do seu guia no Uganda, foi capturado durante uma operação militar, anunciou hoje um porta-voz do exército ugandês.

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© AFP via Getty Images

Lusa
02/11/2023 14:44 ‧ 02/11/2023 por Lusa

Mundo

Uganda

O chefe da milícia rebelde é o único sobrevivente de uma operação que "eliminou outros seis membros do grupo", segundo a mesma fonte militar.

O atentado terrorista, que matou um britânico e uma sul-africana em lua-de-mel, e o seu guia no parque Queen Elizabeth, em 17 de outubro, foi reivindicado pelo Estado Islâmico), sendo que os rebeldes das ADF juraram-lhes fidelidade.

Na quarta-feira, o exército ugandês anunciou que tinha matado "um número significativo de terroristas das ADF envolvidos no ataque" durante uma operação noturna no Lago Edward, que faz fronteira com o Parque Queen Elizabeth a leste e com a República Democrática do Congo (RDCongo) a oeste, onde as ADF estão sediadas.

"Toda a equipa enviada pelas ADF para causar o caos, matar turistas e incendiar escolas e hospitais foi eliminada e o único sobrevivente é o comandante que capturámos", disse hoje à agência noticiosa France-Presse (AFP) o porta-voz adjunto do exército, o coronel Deo Akiiki.

O homem, identificado como Njovu, "transportava o bilhete de identidade do guia falecido e alguns dos pertences dos turistas estrangeiros assassinados", disse o coronel.

O coronel Deo Akiiki acrescentou que Njovu tinha sofrido ferimentos nas costas durante a operação e estava atualmente a ser tratado num local não revelado, assegurando que iria "ser julgado".

O grupo rebelde era composto por sete membros no total, sendo que "quatro dos terroristas foram abatidos e afogados, dois tentaram atravessar a nado e também foram abatidos".

O ataque aos turistas num dos parques mais famosos do Uganda provocou receios no setor do turismo, que contribuiu com quase 10% do PIB (Produto Interno Bruto) ao país no ano passado, segundo dados oficiais.

As ADF espalharam-se para o leste da RDCongo na década de 1990. Em 2019, juraram fidelidade ao Estado Islâmico, que reivindica a responsabilidade por algumas das suas ações e as apresenta como a sua "província centro-africana".

São acusados de terem massacrado milhares de civis na RDCongo nos últimos anos e de terem efetuado ataques terroristas em solo ugandês.

Em 2021, o Uganda e a RDCongo lançaram uma ofensiva conjunta para expulsar as ADF dos territórios congoleses, mas até à data não conseguiram pôr termo aos ataques do grupo.

Em junho, 42 pessoas, incluindo 37 estudantes, foram mortas numa escola secundária no oeste do Uganda, num ataque atribuído às ADF.

Leia Também: Ativistas ambientais perseguidos e "detidos" pelo governo do Uganda

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