"Vamos falar sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar os danos aos homens, mulheres e crianças de Gaza", disse Blinken aos jornalistas antes de partir para Israel.
O chefe da diplomacia norte-americana também garantiu que os Estados Unidos estão "determinados" em evitar qualquer escalada do conflito entre Israel e o Hamas.
Blinken reiterou à imprensa antes de embarcar que "Israel não só tem o direito, mas também a obrigação de se defender e de tomar medidas para garantir" que ataques como os perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro "não voltam a acontecer".
No entanto, observou que Washington também quer deixar clara a necessidade de tomar medidas para proteger os civis.
"Vimos nos últimos dias que os civis palestinianos continuam a ser os mais afetados e é importante que os EUA se comprometam em garantir que seja feito tudo o que for possível para protegê-los", disse.
A viagem de Blinken durará até 10 de novembro e contará escalas em Telavive, Amã, Tóquio, Seul e Nova Deli.
"Também temos que nos concentrar no dia seguinte. (...) São tempos difíceis e questões muito complexas, mas estou convencido de que a diplomacia americana pode fazer a diferença", afirmou.
Antony Blinken sublinhou que embora "nenhum país possa tolerar o massacre de civis", referindo-se ao ataque que o grupo islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro contra Israel, quer Telavive, quer Washington, "têm, como outras democracias, a responsabilidade de fazer todos os possíveis para proteger os civis" que se encontram no meio desse conflito, sublinhando que quando vê o corpo de uma criança palestiniana retirado dos escombros, isso afeta-o tanto como quando é uma criança israelita.
Blinken sublinhou que "ninguém está interessado" na expansão do conflito e que é também necessário trabalhar para lançar as bases para uma paz duradoura e sustentável tanto para palestinianos como para israelitas.
O secretário de Estado viajou para Israel pela última vez no dia 11 de outubro para coordenar com o Governo de Netanyahu a ajuda norte-americana para enfrentar o Hamas na nova guerra na Faixa de Gaza.
Nessa viagem anterior, encontrou-se com o rei Abdullah II da Jordânia, com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, em Amã e com as autoridades do Qatar em Doha. A sua agenda também incluiu a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Egito.
Já na próxima viagem, o diplomata norte-americana também destacará na Jordânia o compromisso do país em facilitar a entrega de ajuda humanitária em Gaza, de retomar os serviços essenciais e garantir que os palestinianos não sejam deslocados à força do seu território.
A segunda parte da sua viagem, ao Japão, Coreia do Sul e Índia, centrar-se-á no avanço dos esforços coletivos para tornar o Indo-Pacífico uma região "próspera, segura, ligada e resiliente".
Blinken participará numa nova reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Tóquio, e tanto naquela cidade como em Seul sublinhará a importância do reforço da cooperação trilateral que já foi promovida pelos respetivos líderes dos três países na cimeira de Camp David em agosto passado.
Na Índia, por sua vez, estará acompanhado do secretário de Defesa, Lloyd Austin. Em Nova Deli, no âmbito do chamado "Diálogo Ministerial 2+2", ambos os líderes falarão com os seus homólogos sobre questões estratégicas e de defesa.
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