Pelo menos nove mortos em operação em prisão da Guiné-Conacri

Pelo menos nove pessoas morreram no sábado em Conacri numa operação durante a qual um grupo de homens fortemente armados libertou temporariamente da prisão o antigo líder da junta militar Moussa Dadis Camara, informou hoje o procurador-geral.

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Lusa
06/11/2023 08:53 ‧ 06/11/2023 por Lusa

Mundo

Guiné-Conacri

Entre os mortos estão os três alegados agressores, quatro membros das forças de segurança e dois ocupantes de uma ambulância, aparentemente civis, segundo uma avaliação ainda provisória apresentada em comunicado de imprensa pelo procurador-geral Yamoussa Conte.

O antigo ditador da Guiné-Conacri Moussa Dadis Camara, libertado da prisão no sábado de manhã por um comando fortemente armado, foi recapturado e colocado novamente atrás das grades, segundo o exército e o seu advogado.

Outros três presos foram libertados no sábado pelo grupo armado.

"O capitão Moussa Dadis Camara foi encontrado são e salvo e levado de volta à prisão", disse no sábado à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor de informação do exército (Dirpa), Ansoumane Toumany Camara.

Apenas o coronel Claude Pivi permanece incontactável entre os homens retirados da prisão durante uma operação de comando, disse o diretor do Dirpa.

Camara e uma dúzia de antigos militares respondem por um conjunto de assassinatos, atos de tortura, violações e sequestros, cometidos em 28 de setembro de 2009, num estádio nos subúrbios de Conacri.

Pelo menos 156 pessoas morreram e centenas sofreram ferimentos.

De acordo com um relatório da comissão de inquérito mandatada pela ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos, 109 mulheres foram violadas.

Em 2021, a República da Guiné foi alvo de um novo golpe de Estado, que levou o coronel Doumbouya a ser empossado Presidente, comprometendo-se a entregar o poder aos civis eleitos, no prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.

Um grupo de partidos e organizações da oposição denunciou que os compromissos não têm sido cumpridos, alertando para uma "ditadura emergente".

Leia Também: Antigo ditador da Guiné-Conacri de volta à prisão após libertação

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