'Criptofiasco'. Milei e irmã convocados para audiência de pré-julgamento

O presidente argentino Javier Milei e a sua irmã Karina foram convocados para uma audiência de mediação pré-julgamento em 15 de maio, sobre o "cryptoescândalo $LIBRA", uma alegada fraude em que o governante divulgou um projeto de moeda digital.

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© Adan Gonzalez Torres/Anadolu via Getty Images

Lusa
15/04/2025 23:28 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Argentina

Além do chefe de Estado argentino, foram também convocados a sua irmã Karina Milei, secretária-geral da Presidência, e o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, noticiou hoje a agência Efe.

 

Todos foram notificados na segunda-feira para a primeira mediação de pré-julgamento obrigatória da ação coletiva de indemnização interposta por um grupo de 26 investidores que compraram o token, segundo o advogado das vítimas, Nicolás Oszust, que confirmou a informação ao jornal local Página 12.

As vítimas do escândalo das criptomoedas estão espalhadas pelo mundo - Estados Unidos, Turquia, Espanha, Reino Unido e Líbano, entre outros países - e estão a alegar perdas de até 1,8 milhões de dólares.

Foram ainda convocados para a mediação o ex-assessor da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV), Sergio Morales, e os empresários Mauricio Novelli e o seu sócio Manuel Terrones Godoy.

A audiência será realizada 'online' perante um mediador, não sendo as partes obrigadas a comparecer, podendo enviar um representante.

"A minha expectativa é que se apresentem para que eu possa indemnizar os meus clientes pelos danos sofridos. Entendemos que são responsáveis pelos atos ilícitos cometidos. Intervieram intencionalmente num mercado para provocar um 'rug pull' (manobra financeira que significa puxar o tapete), despojando os meus clientes. Todos os que citamos participaram na criação do golpe que causou vários danos", destacou Oszust.

Javier Milei esteve envolvido no caso conhecido como 'criptofiasco'. Convidou os seus milhares de seguidores na rede social X a investir em $LIBRA para "incentivar o crescimento da economia argentina através do financiamento de pequenas empresas e startups argentinas".

Horas depois, o Presidente apagou a publicação e afirmou que se tratava de um empreendimento privado com o qual não tinha qualquer ligação.

Um dos protagonistas do processo é o especialista em criptomoedas Martín Romero, que disse então aos meios de comunicação social locais que investiu 2.000 dólares e recomendou que vários dos seus clientes o fizessem, depois de confirmar que a conta do Presidente não tinha sido pirateada.

Romero alegou que estes acontecimentos o fizeram perder credibilidade e afetaram o seu trabalho, pelo que está a exigir uma compensação financeira.

Entretanto, o chefe de gabinete, Guillermo Francos, vai comparecer na quarta-feira na Câmara dos Deputados para entregar o seu primeiro relatório de gestão do ano e será questionado sobre a criptomoeda $LIBRA.

Em 08 de abril, os deputados votaram por maioria a criação de uma comissão para investigar o caso da criptomoeda $LIBRA.

Leia Também: Argentina obtém 42 mil milhões de dólares de instituições internacionais

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