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Rússia recusa discutir com EUA inspeções mútuas de arsenais nucleares

A Rússia recusou hoje a possibilidade de discutir com os Estados Unidos o reinício de inspeções mútuas aos arsenais nucleares, alegando ter sofrido ataques ucranianos com armas de longo alcance fornecidas pelos Estados Unidos.

Rússia recusa discutir com EUA inspeções mútuas de arsenais nucleares
Notícias ao Minuto

12:29 - 06/11/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Como podemos permitir que os norte-americanos visitem as nossas instalações nucleares (...), se fornecem aos ucranianos armas de longo alcance que já foram utilizadas contra as nossas bases estratégicas", afirmou o chefe da diplomacia russa.

Serguei Lavrov mencionou em particular ataques ucranianos "contra bases estratégicas de bombardeiros nucleares", ao intervir por vídeo numa conferência sobre sociedade do conhecimento, segundo a agência espanhola EFE.

Referiu que, embora "possa haver dúvidas", que descreveu como mínimas, "é muito provável que, para preparar os ataques, os norte-americanos não só tenham fornecido armas, mas também ajudado com informações para tentar atingir os alvos".

Lavrov disse que o preâmbulo do novo tratado de redução de armas estratégicas START ou START III afirma que a Rússia e os Estados Unidos já não são rivais, que existe confiança mútua e que a segurança é indivisível.

"Tudo isto foi espezinhado, destruído e deitado ao lixo pelos norte-americanos", acusou Lavrov.

Em 21 de fevereiro deste ano, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a suspensão da adesão da Rússia ao START III.

Putin disse na altura que a Rússia não estava a abandonar o tratado de redução de armas estratégicas ofensivas, que expira em 2026, mas apenas a suspender o seu cumprimento.

O novo START, que inclui especificamente um sistema de inspeção de arsenais, devia reduzir o número de ogivas nucleares em 30 por cento, para 1.550 por país.

O tratado limitou a 700 o número de mísseis balísticos intercontinentais, de mísseis instalados em submarinos e de bombardeiros estratégicos equipados com armas nucleares.

Também reduziu para 800 o número de lançadores de mísseis intercontinentais, lançadores de mísseis balísticos instalados em submarinos e bombardeiros estratégicos com armas nucleares, estejam instalados ou não.

Os Estados Unidos e outros aliados ocidentais de Kyic têm fornecido armamento às forças ucranianas para combaterem as tropas russas, que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: Kyiv admite tentativa russa de reconquistar aldeia libertada em agosto

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