O Cadre Stratégique Permanent (CSP), Quadro Estratégico Permanente (na tradução em português) emitiu um comunicado dizendo que as pessoas tinham sido mortas à porta de uma escola em ataques usando "drones [aparelhos voadores não tripulados] de fabrico turco pertencentes ao exército maliano".
Inicialmente, não houve qualquer reação por parte das autoridades malianas, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP).
No sábado, o exército publicou nas redes sociais que tinha "neutralizado" vários alvos no dia anterior com os seus meios aéreos, que preparavam operações no interior do campo recentemente evacuado pela missão das Nações Unidas (MINUSMA).
Os acontecimentos de hoje foram os primeiros a causarem mortes em Kidal desde que a rebelião tuaregue retomou as hostilidades com o Estado, em agosto.
A insubordinação de Kidal e da sua região é um problema para o Governo, que em 2012 perdeu o controlo para os rebeldes que acordaram um cessar-fogo em 2014, mas acabam de retomar os ataques aos civis.
A revolta independentista de 2012 coincidiu com a entrada em ação de grupos radicais islâmicos.
Os terroristas nunca deixaram de combater o Estado central e as presenças estrangeiras, piorando a segurança do Mali, que se estendeu aos vizinhos Burkina Faso e Níger.
Desde agosto, o Norte do Mali é de novo palco de uma escalada entre os atores envolvidos (exército regular e rebeldes).
A retirada da MINUSMA, a pedido da junta que governa o país, desencadeou uma corrida ao controlo do território, com as autoridades centrais a exigirem o regresso dos campos, os rebeldes a oporem-se e os terroristas a tentarem aproveitar a situação para consolidarem o seu domínio.
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