A lista de pessoas sancionadas inclui oligarcas e empresas russas, bem como países terceiros que facilitam as receitas da Rússia provenientes da guerra com a Ucrânia.
O comunicado explica que os mercados russos do ouro e do petróleo mantêm "ligações estreitas" com o Kremlin e funcionam como um fluxo de receitas crítico para a sua invasão ilegal da Ucrânia.
O governo londrino recorda que o ouro representa um "rendimento significativo" para a Rússia no contexto da guerra, um dos mais elevados em termos de valor depois do petróleo e do gás, com um valor para a economia russa em 2021 estimado em 12,6 mil milhões de libras (14,5 mil milhões de euros).
A lista de sanções hoje divulgada tem por objetivo impedir que indivíduos e entidades ajudem a Rússia a evitar o impacto das sanções internacionais.
As novas sanções incluem uma rede sediada nos Emirados Árabes Unidos responsável pelo desvio de mais de 300 milhões de dólares (344 milhões de euros) em lucros para a Rússia.
As pessoas sancionadas incluem também dois dos maiores produtores de ouro da Rússia, Nord Gold PLC e Highland Gold Mining Limited, juntamente com os oligarcas russos Vladislav Sviblov e Konstantin Strukov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, afirmou hoje que "as sanções continuam a produzir um golpe duro na economia de guerra do Kremlin, privando [o Presidente russo Vladimir] Putin de mais de 400 mil milhões de dólares (459 mil milhões de euros) para pagar a sua invasão ilegal da Ucrânia".
O Reino Unido é um dos países que decretou sanções a Moscovo na sequência da invasão russa da Ucrânia lançada em 24 de fevereiro de 2022, condenada pela generalidade da comunidade internacional.
O Governo britânico afirma ter sancionado mais de 1800 indivíduos e entidades, dos quais mais de 1600 desde a invasão, incluindo 29 bancos e 129 oligarcas.
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