Um cidadão afro-americano, de 45 anos, passou 30 horas sob custódia policial depois de ser erradamente identificado por uma ferramenta de reconhecimento facial baseada em Inteligência Artificial (IA) numa investigação a roubos de relógio.
Conta a Sky News que, há três anos, quando Robert Williams chegou a casa do trabalho encontrou a polícia à sua porta, pronta para o deter por um crime que não tinha cometido.
A ferramenta de reconhecimento facial usada pelos polícias confundiu Robert com um suspeito que roubou milhares de dólares em relógios.
Sabe-se agora que a polícia vinculou uma imagem desfocada do sistema de videovigilância do local do suspeito a Robert, naquele que é considerado o primeiro caso conhecido de detenção injusta devido ao uso de uma tecnologia baseada em Inteligência Artificial.
À Sky News, o afro-americano admite que ficou "furioso" com a situação. "Imagine saber que não fez nada de errado e eles aparecem na sua casa e prendem-no na entrada da garagem antes mesmo de sair do carro e abraçar a sua mulher e filhos", realçou Robert.
Depois da confusão desfeita, Robert apresentou queixa contra o departamento de polícia de Detroit, pedindo uma indemnização e que o software que o incriminou seja proibido.
Nos EUA existem seis casos conhecidos de detenções injustas realizadas a partir de ferramentas que utilizam IA para identificar suspeitos. Todos os casos são de afro-americanos.
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