O ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, alertou para a "clara intenção" de Israel de "cometer um novo massacre no complexo médico de al-Shifa", num comunicado da diplomacia do Qatar.
O Qatar considerou ainda que os ataques aos arredores e a um edifício clínico no hospital são "um prelúdio de um ataque" a al-Shifa, uma instalação com um grande número de doentes, onde se encontram também cerca de 60.000 pessoas deslocadas pelos bombardeamentos israelitas.
Israel afirma que o principal centro militar e de comando do movimento islamita Hamas está localizado na cave deste hospital.
O exército israelita afirmou ainda que têm havido combates intensos nos últimos dias, à medida que as tropas avançam na cidade de Gaza.
O Qatar apelou à comunidade internacional para que intervenha com urgência para "pressionar" Israel e evitar um massacre como os que já ocorreram nos últimos dias noutros centros médicos e campos de deslocados.
"A demora em pressionar a ocupação, para pôr fim a este crime e não condenar os seus ataques será interpretada como um sinal para avançar com o ataque ao complexo médico e a outros edifícios", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros no comunicado.
Na semana passada, um ataque israelita em frente a al-Shifa matou cerca de 15 pessoas.
Um grande número de hospitais da Faixa de Gaza sofreu danos materiais causados pelos ataques.
Metade (18) dos cerca de 35 hospitais estão fora de serviço devido à falta de combustível, um recurso a que Israel impede o acesso ao enclave por receio que caia nas mãos do Hamas.
Após 35 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.
O Hamas é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.
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