Este foi o primeiro incidente do género registado na África do Sul desde 7 de outubro, dia em que começou o conflito entre Israel e o Hamas.
Manifestantes pró-Palestina, a usarem o lenço tradicional palestiniano (kufiya) e com bandeiras palestinianas, expulsaram hoje os apoiantes das orações por Israel, rasgaram os seus cartazes e ocuparam o espaço, relata a agência noticiosa francesa AFP.
A polícia interveio com canhões de água e lançou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, montando depois uma barreira policial.
Uma oração por Israel e pelos reféns do Hamas (organização classificada de terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel), detidos em Gaza, seria organizada ao início desta tarde numa zona nobre da Cidade do Cabo, na costa atlântica, local de passeios familiares aos domingos.
Contudo, várias centenas de manifestantes pró-Palestina foram convidados para o evento, um dia depois de uma manifestação pró-Palestina que reuniu milhares de pessoas nas ruas da cidade portuária e turística, segundo jornalistas da AFP no local.
Numerosas manifestações de apoio a cada um dos dois campos foram organizadas durante as últimas semanas, nas principais cidades da África do Sul, onde o partido no poder, o ANC, tem sido um fervoroso defensor da causa palestiniana há décadas.
A África do Sul tem, por seu turno, a maior comunidade judaica da África subsaariana, que tem organizado vigílias e manifestações de apoio a Israel.
Outra franja mais discreta desta comunidade, muito à esquerda e que participou ativamente nas lutas contra o apartheid, manifesta-se, na maioria das vezes, ao lado da causa palestiniana, acrescentou a AFP.
As autoridades israelitas abriram hoje um novo corredor de evacuação de sete horas para facilitar a transferência da população entre as 09:00 e as 16:00 (hora local) para o sul da Faixa de Gaza.
O vice-ministro da Saúde do governo do Hamas em Gaza disse hoje que um ataque aéreo israelita "destruiu completamente" o prédio do departamento de doenças cardíacas do Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza bombardeado e sitiado por Israel.
Após 36 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram já mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.
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