O grupo islamita Hamas vai suspender as negociações no âmbito da libertação de reféns devido à situação no Hospital Al-Shifa, em Gaza, que nos últimos dias se tem tornado "dramática".
A informação foi confirmada à Reuters por um oficial palestiniano que estará envolvido nas negociações.
Em causa está o atual 'cerco' à unidade, já que desde a madrugada de sábado os ataques israelitas ao hospital, o maior da Faixa de Gaza, intensificaram-se "dramaticamente", denunciou a Organização Não-Governamental Médicos Sem Fronteiras.
A unidade hospitalar enfrenta uma crise, já que está sem medicação, eletricidade, água e combustível, o que fez com que o hospital tivesse de 'cortar' nas operações.
Como consequência, pelo menos um recém-nascido, que estava na incubadora, morreu - e há dezenas de bebés que estão em risco.
O hospital em questão está sob fogo à medida que as forças israelitas se aproximam do local, tal como nota a Reuters. Israel acusa o Hamas de usar o hospital como um centro de comando do grupo islamita, mas ainda não forneceu quaisquer provas de que esta será a realidade. O Hamas, por seu lado, já negou as acusações.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar mataram pelo menos 11.000 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que deixou de fornecer números atualizados há 48 horas.
O ministério afirma que já não consegue estabelecer contacto com todos os hospitais e que dezenas de corpos se encontram espalhados pelas ruas e à volta dos hospitais, sem que nenhuma ambulância se possa aproximar devido à violência dos combates e dos ataques.
A agência da ONU para os refugiados palestinianos disse na sexta-feira que mais de 100 dos seus funcionários morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra.
Mais de 11 mil pessoas foram mortas e quase 27.500 ficaram feridas na Faixa de Gaza na guerra que eclodiu em 07 de outubro, na sequência de um ataque do Hamas contra Israel, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 240 sequestradas.
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